Agricultura familiar: tradição e atualização
Cursos do SENAR-SP orientam proprietários sobre métodos de cultivo, vendas e gestão financeira
Frutas, verduras, hortaliças, flores… no solo cultivado por uma família tudo se dá. A agricultura familiar está espalhada por todo o estado de São Paulo, em propriedades de pequeno a médio porte. A mão de obra é composta por pais, mães, filhos, tios e primos. E, não raro, a produção passa de uma geração a outra. Mas isso não significa que a agricultura familiar tenha parado no tempo – muito pelo contrário. Ferramentas de tecnologia e gestão são aliadas dos proprietários, que precisam garantir que suas lavouras sejam empresas sustentáveis.
Mas o que define a agricultura familiar? A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês) estabelece a agricultura familiar como aquela na qual o cultivo e gestão da propriedade são compartilhados por uma família, sendo a principal fonte de renda do grupo. No Brasil, a atividade é normatizada pelo Decreto nº 9.064 de maio de 2017, que regulamentou a Lei nº 11.326 de julho de 2006, definindo as diretrizes para formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e os critérios para identificação desse público.
Proximidade com o consumidor e crescimento
Vanessa Teixeira Andrade é agrônoma da região de Bananal e vem de uma família de produtores rurais. “Minha família está na agricultura há mais de 50 anos. Eu já trabalho há 15 anos”, conta. A topografia pouco acidentada favorece a criação de gado para leite, a qual ela dedica-se atualmente. A agrônoma também planta milho e sorgo para a alimentação.
Essa produção é complementada pela horta, cuja produção é vendida da Feira do Produtor Rural de Bananal. “A horta é bem grande, com alface, chicória, couve, cheiro verde e tomate, entre outros. Também tenho pomar com abacate, limão e laranja, tudo vendido na feira”, diz. As feiras, aliás, são importantes elos entre produtores e consumidores, sobretudo em tempos em que a sustentabilidade e o cultivo responsável estão em foco. “A Feira do Produtor Rural de Bananal acontece toda semana do mês. As barracas expõem legumes, verduras, artesanato, pães, bolos, biscoitos, doces. Além de ser importante para os produtores, também aquece o comércio da cidade por conta do turismo”, avalia Marisa Baruti, coordenadora do Sindicato Rural do município.
A agricultura familiar também atua como agente social e econômico no campo, capaz de mudar histórias de vida. “A agricultura gera renda para a família. Jovens, filhos dos agricultores, além de estudar podem trabalhar na propriedade ajudando os pais e tendo um salário ou renda. Também desperta o interesse para fazer faculdade ligado às áreas rurais como agronomia e zootecnia”, aponta Vanessa.
Sindicatos rurais e agricultura familiar
Diversos cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-SP) vão de encontro às necessidades dos agricultores familiares. A organização sindical e a atualização constante são fatores-chave para o crescimento das propriedades familiares. “O produtor se fortalece através da sua atuação em sindicatos e organização em cooperativas e associações”, destaca a agrônoma de Bananal. Acesso a ferramentas de gestão, conhecimentos sobre vendas e mercado e novas habilidades de cultivo e produção são encontrados nos treinamentos. “Sempre que posso, faço cursos pelo SENAR-SP. São treinamentos bem administrados, com conteúdos de fácil entendimento, muita parte prática e bem variados. Além disso, a carga horária é tranquila para quem trabalha”, avalia Vanessa, que aprendeu em curso a fazer geleias e doces com as frutas cultivadas em sua propriedade.
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