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Prognósticos do Setor Leiteiro são positivos para 2020

07 de fevereiro, 2020 - por FAESP/SENAR-SP

As perspectivas para o setor da Bovinocultura de Leite são boas já no início de 2020. De acordo com Wander Bastos, Coordenador da Comissão Especial de Bovinocultura de Leite da FAESP, além de alguns anúncios de aumento nos preços para fevereiro, o mercado de leite A2A2 – englobando principalmente o queijo artesanal – consolidou-se com uma produção crescente, tornando cada vez mais próxima a possibilidade do aumentando de exportações.

“Quanto aos custos de produção temos o milho em alta graças ao clima em nosso estado que tem ajudado muito. As pastagens estão muito boas e a produção de milho e sorgo para silagens estão excelentes. Teremos uma boa colheita e um bom estoque para o ano, possibilitando ao produtor elaborar suas dietas com uma boa forragem, barateando os custos.”

Com o início das exportações a tendência é a de crescimento no setor, como vem acontecendo nos últimos anos. “A principal dificuldade continua sendo tanto a falta de assistência quanto o acompanhamento ao produtor. A necessidade de capacitação para a gestão da propriedade é grande, principalmente para médios e pequenos produtores, assim como acompanhamento da reprodução e nutrição dos rebanhos. Isso ainda é uma deficiência, resultando muitas vezes em propriedades ineficientes.”

Há a necessidade de desonerar o setor, pois a carga tributária em cima de maquinários, insumos e peças de reposição em ordenhadeiras é alta, dificultando o acesso às tecnologias que poderiam deixar as propriedades mais eficientes.

“O setor também está às expectativas da evolução do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) no estado. Com as novas diretrizes do plano estratégico, os Estados terão que trabalhar mais focados para alcançarem os objetivos contando muito com a participação do setor privado. Também precisamos trabalhar forte no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCETB)”, afirma Wander.

O MAPA regionalizou os Planos, passando aos estados a responsabilidade de trabalhar os programas da melhor forma possível. Ambos os Planos são importantes para a abertura do mercado internacional.

“Precisamos atualizar algumas leis que emperram o setor, principalmente na área de fiscalização de pequenas e médias agroindústrias. Precisa-se de um trabalho em conjunto para aprovar a lei que proíbe o leite importado às compras públicas. Isso traria tranquilidade para o mercado.”

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