Setor sucroenergético: Pequenos e médios fornecedores de cana de açúcar serão os maiores afetados pela pandemia do covid 19
Segundo o Coordenador Técnico da Comissão Especial de Cana de Açúcar da FAESP, Gustavo Chavaglia, a queda no consumo, não só do etanol, mas também, de petróleo em todo mundo pelas medidas de isolamento social por diversos países em razão do covid 19, remete a um sinal de alerta para o setor sucroenergético face ao início da produção de etanol da safra 2020/2021.
Lembra que o setor sucroenergético produz açúcar, etanol, energia elétrica e outros álcoois: “Neste momento de baixo consumo, parte da produção processada vai para estoque, demandando capital para suportar as despesas com funcionários, insumos fornecedores e parceiros”.
Diz que a depender de quanto tempo se estenda o isolamento, “teremos menos consumo e maior estoque, com necessidade de linhas de crédito para que as usinas suportem o custo deste estoque, até que a economia retome padrões normais para podermos atravessar esta crise”.
Acentua que em um ambiente normal, já tínhamos 20% das usinas em dificuldade financeira, mas com o agravamento da crise econômica derivada desta pandemia a situação ficou mais vulnerável.
Finaliza esclarecendo que “quanto ao produtor rural e fornecedor de cana de açúcar os reflexos irão comprometer investimentos e fluxo de caixa, pois todos os produtores serão impactados e os pequenos e médios produtores poderão ser os mais afetados”.
A FAESP buscará os meios necessários para incentivar o consumo do etanol nos veículos do Estado de São Paulo para evitar uma crise ainda maior neste importante setor que além da produção de energia limpa é um segmento que emprega milhares de pessoas.
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