Pandemia: hortaliças, flores e orgânicos com perdas e aumento surpreendente de demanda
Uma dicotomia de perdas e ganhos para o setor foi registrada, durante a pandemia, pela Comissão de hortaliças, flores e orgânicos da FAESP, segundo o Coordenador Técnico, Ricardo Sato.
Ele afirma que, em alguns segmentos, como e olericultura, a queda de consumo foi acima de 70%. “Mas, em alguns segmentos, houve até uma melhora e aumento de consumo surpreendentes”.
Diz que, em relação à hortaliças (folhosas), na primeira semana, após o decreto de restrição social, houve queda de 95%, mas, logo após, crescimento surpreendente de consumo, com regiões apontando até falta de oferta. “A lógica para o fato é que as centrais de abastecimento se mostraram um pouco reticentes para retorno à atividade, o que ocasionou o deslocamento de compradores, que foram em busca dos produtores”.
Analisa que, por outro lado, no caso de fungicultores, “setor de consumo mais refinado, em razão da restrição de abertura de restaurantes, o impacto foi da ordem de 90% de queda de consumo, pois a presença de consumidores no estabelecimento, restaurante, faz o comércio”.
Aponta que, no setor de plantas ornamentais, houve aumento surpreendente, impulsionado pelo fato dos proprietários da residência estarem em isolamento, o que levou à procura de plantas para decoração do jardim ou área da residência. “Infelizmente, isso não aconteceu com as flores de corte ou plantas, para decorações em eventos sociais. Neste setor, a queda foi da ordem de 95%”.
Lembra que tivemos o verão chuvoso com perdas de cultivares, no início do ano, e antes da pandemia, mas a estação do outono trouxe ao setor um período bom de clima seco e calor com aumento do consumo de hortaliças. “Para o resultado foi muito importante o fato de os supermercados estarem abertos, funcionando a pleno vapor. Quitandas e feiras na periferia população em casa também garantiram o aumento do consumo”.
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