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Chuvas mal distribuídas causam impacto na agricultura paulista

30 de janeiro, 2020 - por FAESP/SENAR-SP

No período de dezembro a março, as chuvas costumam cair sobre o território brasileiro. Entretanto, na virada entre 2019 e 2020, as tempestades têm afetado de formas diferentes a produção agrícola nas mais variadas regiões de São Paulo. Deste modo, em certas localidades, as precipitações recorrentes estão prejudicando o cultivo, assim como a ausência de chuvas outras cidades impactam de maneira negativa algumas culturas.

Conforme a Somar Meteorologia, entre janeiro e fevereiro são esperadas precipitações de até 150 milímetros na região Sudeste. Coordenador adjunto da Comissão especial de Cafeicultura da FAESP (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo), Ademar Pereira comentou sobre os efeitos da temporada de chuvas no cultivo em Caconde. “A chuva tem sido responsável pela alta produtividade e também pela quebra de produtividade”.

“O clima tem sido um grande desafio. Primeiro, chove demais principalmente dentro da safra da colheita. Tivemos colheita em período de chuva, onde há a entrada de fungos e prejudica a qualidade dos produtos”, relatou o especialista. “A chuva é primordial para uma boa colheita. Mas chuva demais em determinados momentos tem prejudicado a gente, sim”, afirmou Ademar Pereira, Presidente do Sindicato Rural de Caconde, cafeicultor e integrante da Comissão de Cafeicultura da FAESP.

Ou seja, o excesso de chuvas pode aumentar a produção e antecipar a colheita, porém, deve influenciar diretamente na qualidade de culturas como café e outros grãos.

Outro ponto destacado por Ademar Pereira são as altas temperaturas, que têm impactado até mesmo propriedades rurais nas quais são utilizados sistemas tecnológicos para irrigação. “O clima está um pouco desregulado. Tem momentos em que a gente precisa de chuvas para enchimento de grãos e aflorada, principalmente. Então, a estiagem também tem sido um grande desafio para o agricultor no estado de São Paulo”, conclui ele.

Na região de Itapetininga, onde a especialidade são grãos, o homem do campo aponta a pouca incidência de chuvas como principal entrave. “As reclamações aqui são sobre a falta de chuva”, disse Luiz Augusto de Moraes Ruivo, técnico agropecuário do Sindicato Rural de Itapetininga. Contudo, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica que no Centro-Oeste, Sudeste, parte do Sul e no Matopiba (Maranhã, Tocantins, Piauí e Bahia), os cultivos de grãos têm sido favorecidos por bons volumes de chuvas.

Coordenador da Comissão técnica de Fruticultura da FAESP, Francisco Nogueira Neto não relatou anormalidades nas chuvas na região de Campinas. “Não tivemos nenhum imprevisto”, declarou.

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