Condições climáticas adversas prejudicam safra de laranja no Cinturão Citrícola de SP e Triângulo/Sudoeste Mineiro
Chuvas abaixo do previsto e altas temperaturas reduziram a produtividade dos pomares
A safra de laranja 2024/25 n o cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro enfrenta um cenário desafiador, com redução significativa na produção. A nova previsão aponta para a produção de 215,78 milhões de caixas de laranja, o que representa uma redução de 7,1% em relação à estimativa inicial e uma queda de 29,8% em comparação com a safra 2023/24.
A seca prolongada, caracterizada por altas temperaturas e escassez de chuvas, comprometeu o desenvolvimento das plantas e a qualidade dos frutos. Paralelamente, o Greening continua a ser um desafio para a Citricultura, avançando rapidamente pelas regiões produtoras. A combinação desses fatores levou a uma queda de 29,6% no rendimento dos pomares, que passou de 911 para 642 caixas/ha da safra anterior para a atual.
A fim de minimizar as perdas causadas pelo Greening, os produtores têm antecipado a colheita, medida que reduz o tempo de desenvolvimento dos frutos e, consequentemente, sua qualidade. Até a elaboração desta reestimativa, 45% da produção total já havia sido colhida, ilustrando o encurtamento do ciclo, uma vez que, em anos anteriores, a média de colheita nesse período era de 30%.
O setor Sul (municípios de Porto Ferreira e Limeira), que no levantamento inicial foi identificado como o mais afetado pela doença, continua apresentando a maior taxa de queda esperada, de 19,9% (anteriormente estimada em 21,2%). A previsão é que as variedades tardias, como Valência, Valência Folha Murcha e Natal, sejam as mais prejudicadas, com taxas de queda em torno de 20%.
Os números analisados pelo Departamento Econômico da Faesp são da Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura).
Veja o relatório completo aqui. Outras informações relevantes sobre o setor podem ser acessadas através do Painel de Dados da Faesp
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