Produção de cogumelos: paixão de empreendedora rural depois de curso do SENAR /SP
A produtora rural Lucila Rangel de Castro Santos Immediato, embora não tenha vindo de uma família tradicional do campo, sempre demonstrou interesse por coisas do meio rural. Casada com outro produtor rural ela partiu com a cara e a coragem para a realização do seu sonho.
Formada em Direito, deu um largo passo até se firmar como produtora de cogumelos. “Apesar da formação em direito, fui coordenadora do SENAR/SP por 10 anos. Sempre tive interesse por qualquer tipo de produção rural e, quando organizei o curso de cogumelos lá no sindicato de Pindamonhangaba, eu li as apostilas, me interessei, vi que era um consumo crescente e a região se adaptava.”, comenta empolgada. “A gente tá no eixo Rio-São Paulo, então o mercado consumidor é bom, com bom retorno de renda”, diz.
Mora em um sítio com a família e acostumada a trabalhar durante a vida inteira, decidiu voltar ao trabalho de seus sonhos: como produtora. “Uma amiga minha, que inclusive é instrutora do SENAR/SP de Turismo Rural, a professora Dora, me disse: Lucila, por que você não trabalha com cogumelo? Você consegue fazer isso da sua casa, o mercado consumidor está aumentando, com rentabilidade”.
“Diante do incentivo, coloquei a mão na massa”, diz com animação. Iniciou o trabalho com 10 compostos apenas para experimentar, ver como era, aprender o bê a bá da produção. Atualmente, ela e seu marido produzem Shimeji e Shitake.
Com apenas 10 compostos tudo deu certo com bom retorno. Contente com os resultados, pois produz e vende extraordinários 100 a 150 kg de cogumelos por mês.
“Estou aumentando minha produção e acabei de pegar uma consultoria com a Suzana, que também é instrutora do SENAR/SP na área de cogumelo, mas essa assessoria é particular. Estou aumentando a produção de Shimeji e comecei com o Shitake. Estou entrando de cabeça no cogumelo e para aperfeiçoar minhas técnicas, fui fazer um curso do SENAR/SP de Shitake em Tora, só que no município de Cunha. Com isso, acabei decidindo por não mexer com Shitake em Tora e só com o em Bloco mesmo.”, comenta.
Ainda trabalha sozinha em todas as etapas da produção: cuida dos cogumelos, colhe, limpa, embala, vende e entrega. Agora entrega para restaurantes, não só em Pindamonhangaba, mas também em Taubaté e Guaratinguetá. Isso se deu graças ao aumento do interesse por cogumelos, seja pelo aumento de pessoas vegetarianas e veganas, seja pela apreciação do cogumelo como complemento em um prato principal. “E eu estou bem animada com a produção.”, ressalta.
Quando perguntada a respeito dos cursos do SENAR/SP, a produtora relembra com carinho: “Gosto muito dos cursos do SENAR em diversas áreas. Depois de trabalhar como coordenadora continuei fazendo cursos que são práticos e dinâmicos.”
Vê como necessidade o curso de Shimeji, pois este cogumelo se adapta bem, sem precisar de maquinário, nada. “Facilitaria a vida do produtor rural, além do Shitake também passar a ter o curso em Blocos, não só em Tora.”, conclui a produtora.
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