FAESP recebe vice-presidente da CNA para debater sustentabilidade no Agro
Encontro ocorreu durante reunião da Comissão Técnica de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Energia da entidade
O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP), Tirso Meirelles, se reuniu nesta segunda-feira (4) com o vice-presidente de finanças da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Comissão Nacional do Meio Ambiente, do Sistema Faea/Senar e do Fundepec/AM, Muni Lourenço.
O encontro, realizado na sede da FAESP, em São Paulo, ocorreu durante a reunião extraordinária da Comissão Técnica de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Energia e serviu para debater a sustentabilidade no agronegócio e a adoção de ações para unir a produtividade no campo com práticas que reduzam os impactos no meio ambiente; além de servir como um momento de troca de experiências sobre a temática.
Muni apresentou dados que reforçam a sustentabilidade do agro brasileiro, a partir de informações da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e iniciativas da CNA.
“O Brasil é referência mundial em produção agrícola e preservação do meio ambiente. Temos uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo, utilizando pouco mais de 30% do território nacional para produção de alimentos, sendo que 33% das áreas com preservação vegetal estão nas propriedades rurais. Isso demonstra o comprometimento do produtor rural brasileiro”, destacou.
Entre as medidas citadas por Muni, estão a implementação do código florestal, abertura de linhas de crédito para agricultores que adotem critérios sustentáveis, discussão da legislação do mercado regulado de carbono e combate ao desmatamento ilegal e às mudanças climáticas.
“Temos apresentado todas as medidas estruturantes e nossas políticas de desenvolvimento para apoiar uma agricultura verdadeiramente sustentável nos maiores congressos do mundo. Estaremos presentes na COP-28, em novembro, em Dubai, que é o principal evento do mundo para discutir a política ambiental. Vamos defender a imagem do produtor brasileiro, levando o que temos feito nos pilares segurança alimentar, segurança energética e segurança climática”.
Em relação à agricultura, Tirso Meirelles ressaltou que apenas 7,6% do território brasileiro são usados para o cultivo, que também conta com 36 milhões de hectares usados para o Sistema Plantio Direto, enquanto a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta abrange 17 milhões de hectares.
“Nas últimas décadas, o Brasil conseguiu uma transformação produtiva acelerada, que muitos países não conseguiram fazer, baseada em tecnologia com manutenção da cobertura vegetal. Isso é resultado da pesquisa científica, uso de tecnologia e o viés de empreendedorismo dos nossos produtores. Estamos à frente dos nossos principais competidores não só na questão de produtividade, mas também quanto à adoção de critérios de sustentabilidade”, disse Tirso Meirelles, vice-presidente da FAESP.
Estiveram presentes os gerentes dos departamentos econômico e jurídico da Faesp, Cláudio Brisolara e Angela Gandra, e coordenadores das comissões técnicas de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Energia; Aquicultura; Bovinocultura de Corte; Bovinocultura de Leite; Avicultura e Suinocultura; Cafeicultura; Hortaliças, Flores e Orgânicos; Cana-de-açúcar e Energia Renovável; Equinocultura; Grãos; Silvicultura e Política Agrícola.
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