FAESP Informa: Controle da cigarrinha do milho envolve ações de monitoramento e manejo integrado
A cigarrinha do milho, praga de transmissão propagativa que causa desequilíbrio hormonal à planta, encurtamento entrenós, redução de altura da e coloração das folhas, pode trazer perdas de até 80% da safra se não for controlada, como ocorreu na safra 2020/2021.
Para combatê-la, é necessária não uma, mas uma série de ações como monitoramento, manejo integrado e uso correto de defensivos, para que o produtor de milho possa lidar com a cigarrinha.
A afirmação é de especialistas que participaram do Seminário Milho: Ações de Mitigação aos Danos da Cigarrinha, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na terça-feira (18).
A ocasião reuniu representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da CropLife Brasil, produtores rurais e pesquisadores da Embrapa e da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Em pauta, o enfezamento, que é uma infecção transmitida pela cigarrinha e que está preocupando muitos agricultores, e ações de manejo eficiente para o controle da praga.
No evento, o diretor de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart, reforçou que a pasta precisa recolher dados dos produtores que estão sendo afetados para que fazer o monitoramento e que o ministério pretende criar um aplicativo para a realização deste controle.
“Reitero a importância da execução do monitoramento pelos órgãos estaduais dessa segunda safra, pois precisamos de dados para monitorar, mapas de ocorrência, nós não conseguimos produzir e disponibilizar para o produtor de maneira universal. É uma questão que já trabalhamos há 2 anos para o mapeamento de processos internos e de automação”, diz.
O diretor ainda lembra que através que a elaboração de um aplicativo de ocorrência nas lavouras deve gerar maior previsibilidade aos produtores. “Já conversamos com associações e agora é a hora de fazer automação e criar uma central ou aplicativo para que se possa informar as ocorrências, não só de milho, mas para demais culturas e pragas que o Ministério da Agricultura observa para que possamos gerar mapas de ocorrência, dando uma previsibilidade ao produtor rural”, pontua Goulart.
Goulart também divulgou no seminário a publicação do MAPA de uma planilha com a lista de cultivares que constam no Registro Nacional de Cultivares e sua tolerância ao complexo de enfezamento do milho.
O documento já está disponível no site do órgão para download com materiais sobre o enfezamento do milho. Segundo ele, essas informações são fundamentais para ajudar no planejamento do produtor para a próxima safra e há uma previsão para divulgar em meados de julho o relatório do monitoramento da 2ª safra sobre a cigarrinha.
Para acessar o documento: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sani…
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