Faesp Informa: Clima reduz oferta da alface e eleva preços
Com menos produto disponível e qualidade aquém do esperado, cotações aumentaram
As chuvas e altas temperaturas impactaram a produção de alface crespa no cinturão verde paulista na última semana, conforme observado por pesquisadores da equipe Hortifrúti/Cepea. Essas condições adversas não apenas desaceleraram o ritmo do plantio, mas também resultaram em danos e descartes significativos.
Com uma oferta mais escassa e uma qualidade inferior à esperada, os preços da alface crespa subiram consideravelmente. Em Ibiúna, interior paulista, por exemplo, o preço médio fechou em R$ 35,83 por caixa contendo 20 pés, representando um aumento de 32,18% em comparação com a semana interior.
O mesmo cenário foi observado em Mogi das Cruzes (SP) para a alface americana, que também viu seus preços aumentarem em 11,7%, alcançando R$ 43,75 por caixa contendo 12 unidades, conforme apontado pelo levantamento do Cepea.
Segundo Gildo Takeo Saito, coordenador da Comissão de Hortaliças, Flores e Orgânicos da Faesp, além do clima, houve uma queda significativa no plantio de alfaces devido à falta de mão de obra. “Além do clima, que impactou a qualidade, a falta de mão de obra causou esse aumento. Mas essa semana começou a ter mais oferta e os preços devem cair. A previsão é de chuva e frio e isso vai impactar mais os preços para baixo”, explicou Saito.
“Esperamos que a variação de preços seguida de queda no consumo seja um movimento sazonal. Mas não deixa de ser um sinal de que o poder de compra do cidadão está muito baixo. E em momentos cíclicos, o consumidor tem a opção de substituir um produto por outro similar”, disse Tirso de Salles Meirelles, presidente da Faesp.
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