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Estimativa de produção brasileira de grãos para 2020/2021 mostra queda de 1,83% em comparação á temporada anterior

29 de setembro, 2021 - por FAESP/SENAR-SP

Relatório da FAESP, a partir de dados da Conab, traz novas estimativas da produção nacional; no Estado de São Paulo os números também são negativos, mas soja e arroz têm expectativa de alta.

Com base no 12º Levantamento da Safra 2020/2021, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) produziu um relatório sobre o desempenho do setor de produção de grãos.

Anteriormente estimada em 253,98 milhões de toneladas, a expectativa agora é de que a safra 2020/2021 seja de 252,3 milhões de toneladas, representando queda de 1,83% frente aos resultados da safra de 2019/2020, que foi de pouco mais de 257 milhões de toneladas.

Projeções anteriores eram bem mais otimistas, com uma expectativa de que a colheita poderia chegar a 273,8 milhões de toneladas (estimativa feita em abril deste ano). Ou seja, o que antes era uma expectativa de crescimento de 6,53% hoje se tornou uma queda em comparação à safra passada. A ocorrência de fenômenos meteorológicos adversos lançou as estimativas para um patamar bem menor. O que mais impactou nessa redução da estimativa foram as recentes perdas nas lavouras de segunda safra de milho e feijão devido ao longo período de seca e das geadas na segunda quinzena de julho deste ano.

Milho – a produção na atual temporada (primeira e segunda safra) deve totalizar 85,74 milhões de toneladas, queda de 16,4%.

Feijão – a produção deve chegar a 2,86 milhões de toneladas, ou seja, redução de 11,4%.

Produtores de soja, por outro lado, não sofreram impacto negativo com os problemas climáticos. A produção deve atingir um total de 135,9 milhões de toneladas, um aumento de 8,9% em comparação à safra de 2019/2020. Dentre os chamados “grãos de verão”, soja, amendoim primeira safra e arroz são os únicos itens que têm estimativa de aumento de produção.

Trigo e aveia são outros grãos cujo desempenho deve surpreender em comparação aos demais. A colheita de trigo deve ter um crescimento de 30,8%% (colheita estimada em 8,16 milhões de toneladas) e a de aveia deve aumentar 30,3% (1,10 milhão de tonelada). Além desses, todos os outros “grãos de inverno” – canola, centeio, cevada e triticale – estão dentro da expectativa de crescimento da produção.

Desempenho da produção no Estado de São Paulo

Apesar de a geada e a seca terem afetado substancialmente a produção de grãos, o impacto dessas adversidades do clima já havia sido computado no último levantamento da Conab, por isso, a previsão de 8,38 milhões de toneladas para os cultivos do verão se mantém.

As lavouras de inverno, por outro lado, tiveram uma revisão para baixo de sua produção, causando um impacto de 6,9% frente aos resultados da safra anterior de trigo e triticale.

A expectativa é de um total de 8,65 milhões de grãos colhidos (verão e inverno) na atual temporada 2020/2021 – se essas previsões se confirmarem, o resultado será 6,5% menor que o da temporada passada. Computando os dados gerais na comparação entre o ciclo anterior e o estimado para o atual, a queda na produtividade (produção versus área plantada) no Estado será de 9,05%.

Em alguns casos específicos a queda na produção da temporada atual deve ser acentuada. É o caso do milho safrinha, com expectativa de queda na colheita de 38,8% em comparação à safra 2019/2020, impactado pela escassez hídrica e pela geada. A produção total do grão no Estado deve alcançar 3,2 milhões de toneladas (queda de 22%), sendo de 1,8 milhões de toneladas provenientes da colheita da primeira safra e 1,4 milhões de toneladas da segunda safra.

O destaque positivo é para a produção paulista de soja, com estimativa recorde de 4,29 milhões de toneladas, indicando aumento de 8,6% em comparação à safra 2019/2020. O arroz também segue tendência de aumento da produção em 19,2% no Estado, totalizando uma colheita de 39,8 mil toneladas

Além da soja e do arroz, a produção de amendoim de primeira safra também registra aumento da produção (+7,9%), enquanto os demais – algodão (-57,8%), amendoim segunda safra (-35,9%), feijão (-4,8%) e o sorgo (-27,3%) – têm expectativa de redução na produção.

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