Curso de IATF do SENAR/SP disponobiliza novas tecnologias nas propriedades familiares
A pecuária brasileira ocupa posição de destaque no cenário mundial, tanto na produção de gado de corte quanto de leite. E a IA, Inseminação Artificial, vem contribuindo significativamente na seleção e multiplicação de animais geneticamente superiores.
Aumentar a produtividade na bovinocultura de leite, principalmente nas pequenas propriedades é fundamental para economia dos municípios, e para as famílias obterem maior fonte de renda.
Uma das ferramentas para alcançar esse propósito é a inseminação artificial, pois ao melhorar a qualidade genética do rebanho é possível alcançar maior produção e melhores resultados.
O SENAR-SP possui diversos cursos e programas voltados ao manejo, nutrição e melhoramento genético da cadeia produtiva de bovinocultura, e entre eles está a IATF – Inseminação Artificial em Tempo Fixo. Uma tecnologia na qual se utilizam hormônios que permitem a inseminação de um determinado número de fêmeas, em dia e hora pré-determinados, sem a necessidade de observação de cios.
A IATF tem como objetivo sincronizar a ovulação das fêmeas bovinas, por meio de uma sequência de tratamentos hormonais, conhecida como protocolo de sincronização. Ao final do protocolo, as inseminações podem ser realizadas em horário predeterminado, ou seja, em tempo fixo.
Na cadeia produtiva de carne e leite estima-se que a IATF gere aproximadamente R$ 3,5 bilhões ao ano. Esses ganhos são relacionados ao aumento da produtividade devido à melhoria da eficiência reprodutiva (mais bezerros produzidos por matriz e redução do intervalo entre partos) e do ganho genético (nascimento de bezerros geneticamente superiores que produzem mais carne e leite), quando em comparação ao sistema que utiliza a monta natural.
Seguindo todos os protocolos de prevenção à COVID-19, o SENAR-SP continua levando capacitação técnica à população rural. E realizou em junho, através do Sindicato Rural de Estela d?Oeste-SP, a IATF com jovens da região que buscam maior conhecimento para a implantação das técnicas, tanto nas propriedades de suas famílias, quanto para o mercado de trabalho.
Há sete anos como instrutor do SENAR-SP, Claudio Menezes diz que a IATF é um dos cursos mais procurados dentro da bovinocultura, tanto de leite quanto de corte, por facilitar o manejo reprodutivo do rebanho.
“Nos últimos anos, a IATF tem ganhado grande destaque nas propriedades rurais, e a demanda aumentou não só pelos produtores mas, principalmente, pelos jovens que buscam a implantação de novas tecnologias nas propriedades familiares. Pensando em sucessão familiar no campo, a IATF chama atenção dos filhos, porque eles estão assumindo essa parte de inseminação artificial, usando mais tecnologia no campo e buscando renovação nas atividades agropecuárias.” afirmou Claudio Menezes, Instrutor SENAR-SP.
Vantagens IATF:
- Aumento da eficiência reprodutiva.
- Ausência da necessidade de observação de cio, favorecendo a melhoria da qualidade de
- vida.
- Aumento do número de vacas inseminadas. Induz a ciclicidade de vacas em anestro
- (ausência de manifestação de cio).
- Possibilita a inseminação de vacas paridas recentemente.
- Aumenta a taxa de prenhez no início da estação reprodutiva.
- Programa a ocorrência dos partos conforme a época do ano e a demanda do mercado.
- Possibilita programar as inseminações em curto espaço de tempo
- Sincroniza as inseminações e parições.
Evolução da IATF no Brasil
A inseminação artificial foi usada pela primeira vez no Brasil em meados da década de 1970 é, hoje, uma das principais ferramentas de melhoramento genético do rebanho. O que não permitia sua popularização efetiva era a dificuldade em observar o cio.
Já na década de 90, surgiu a IATF – Inseminação Artificial em Tempo Fixo, visando facilitar a inseminação artificial em bovinos com data marcada e sem necessidade de observar o cio das matrizes.
A utilização da técnica de inseminação artificial em bovinos pode ser facilitada pelo emprego de protocolos que promovam a sincronização da emergência da onda folicular, do estro e da ovulação. O emprego de tais protocolos dispensa a observação de estros e possibilita a realização da inseminação artificial em tempo fixo.
Deixe seu comentário