Comissão Técnica da FAESP discute capacitação do programa CADEC Brasil e condenação de carcaças de suínos

Reunião online entre membros da Comissão e técnicos do Sistema FAESP/SENAR-SP tratou dos desafios da Lei de Integração, do projeto de capacitação da CNA às Federações e das condenações de carcaças de suínos no Estado

A Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) promoveu na tarde da última sexta-feira, 18 de novembro, reunião da Comissão Técnica de Avicultura e Suinocultura. O encontro por videoconferência reuniu os produtores e membros da Comissão Luciana Dalmagro, Pedro Tonetti e Marco Aurelio Callegari – este último, coordenador da Comissão. Da parte da FAESP estiveram presentes a Diretora 1ª Secretária Adriana Menezes, Claudio Brisolara, Patrick Rocha e Thiago Rocha, do Departamento Econômico, e Elton Koroiva, médico veterinário e técnico da área de Formação Profissional Rural do SENAR-SP. O encontro também contou com Thiago Meireles, advogado do Centro da Agricultura do Estado de São Paulo – CAESP.

Estiveram em pauta o Programa CADEC Brasil e o treinamento sobre o tema realizado em Brasília (DF), que contou com a participação de técnicos da FAESP, também os resultados da pesquisa sobre a Lei da Integração realizada em São Paulo e, ainda, a questão da condenação de carcaças de suínos no Estado.

Capacitação CADEC Brasil

O Departamento Econômico apresentou uma síntese da semana de capacitação sobre o Programa CADEC Brasil, realizada em Brasília. Divididos em três módulos, os conteúdos ministrados pela CNA enfatizam os dispositivos da Lei da Integração que devem ser cumpridos pelo integrado e pela integradora, técnicas de negociação e gerenciamento de custos de produção. A ideia é que o conteúdo do curso seja replicado e aprofundado em formações regionais.

Segundo Patrick Rocha, a formação foi marcada por discussões e aprendizados eminentemente práticos. Entre os destaques, estão o manual de boas práticas da Lei de Integração, elaborado por representantes da indústria e produtores e as técnicas de negociação, pautadas em princípios como comunicação não-violenta e escuta empática e inclusiva. “Quando uma proposta é discutida com veemência, pode gerar certos conflitos que acabam escalando para algo maior”, alertou Rocha. O terceiro módulo do encontro enfatizou a importância do gerenciamento dos custos de produção e a relevância dos painéis do Campo Futuro para o produtor planejar a atividade, tomar decisões assertivas, além de subsidiar a criação de políticas públicas que beneficiem o setor. Sobre este tema, sugeriu-se a realização de painéis de custos de produção organizados pela própria FAESP em parceria com Universidades.

Melhorias no CADEC

O grupo também discutiu alguns pontos fundamentais para ações junto às CADECS em São Paulo. Os membros da Comissão Técnica apresentaram algumas das principais demandas dos avicultores integrados, entre eles, está o fato de que a CADEC deve ser um lugar de consenso e simetria de informações, e que a Lei de Integração ainda necessita urgentemente de regulamentação. Por tudo isso, destacaram os especialistas da FAESP, que as reuniões de CADECs sejam documentadas, e que exista intercâmbio de informações entre o núcleo do Estado de São Paulo com outras regiões do Brasil, a fim de compartilhar as melhores práticas e soluções obtidas.

Destacou-se também a importância dos Sindicatos Rurais no fortalecimento dos integrados, pois é por essa via que as demandas da ponta da cadeia produtiva podem chegar à FAESP. A Federação lembrou que está pronta para oferecer subsídios técnicos aos produtores em questões econômicas e jurídicas relativas à Lei de Integração. Os Sindicatos também podem requisitar ao SENAR a realização do curso Programa CADEC.

Ainda sobre a Lei da Integração, o Departamento Econômico apresentou resultados da pesquisa realizada junto à representantes de CADECS no Estado. O “Raio-X” mostrou que a maioria dos respondentes trabalham com integração há mais de dez anos. O levantamento também revelou que 83% os acordos negociados estão sendo cumpridos e que em 100% das reuniões uma ata é produzida, entretanto a pesquisa aponta que 50% dos respondentes afirmam que os resultados da atividade apenas repõem os custos.

Condenação de carcaças de suínos

O grupo também discutiu a questão da condenação de carcaças de suínos, pauta demandada pela Comissão em função de alguns produtores reportarem altos números de condenações. Técnicos da FAESP apresentaram dados estatísticos dos últimos dois anos relativos à condenação de carcaças e os principais diagnósticos. Após apreciação dos dados os membros da Comissão levantaram a possibilidade de formalizar junto ao MAPA um pedido de informações detalhadas sobre os motivos de condenação e os números por região.

Compartilhe

• Twitter
• Facebook
• LinkedIn
• WhatsApp