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Com recorde em 2018, Brasil se consolida como maior exportador mundial de carne bovina

20 de fevereiro, 2019 - por FAESP/SENAR-SP

Segundo informações das Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), as exportações brasileiras de carne bovina terminaram 2018 com 1,56 milhão de toneladas destinadas para o mercado internacional, um volume 11% acima do registrado em 2017.

Como resultado por alcançar seu maior volume já exportado, o Brasil consolida sua posição como principal exportador mundial do produto e, em receita, arrecada US$ 6,30 bilhões, demonstrando crescimento de 8,1% sobre os valores registrados em 2017.

Os melhores números de 2018 foram registrados durante o segundo semestre, com destaque para o mês de setembro, no qual os embarques somaram mais de 178 mil toneladas e faturamento de US$ 700 milhões. Além disso, houve elevação de 31,75% em volume e de 25,86% em faturamento em relação ao mesmo período do ano anterior.

O recorde obtido pelas exportações é recebido pelo setor como prova do reconhecimento da qualidade da carne brasileira nos mercados doméstico e internacional. A marca positiva é fruto de um trabalho de melhoria em todas as etapas do processo produtivo, que permite cumprir as mais exigentes regras internacionais para o fornecimento de carne com competitividade.

Os principais destinos para a carne bovina brasileira são Hong Kong (representando 24% do total embarcado pelo Brasil, o que dá 395 mil toneladas) e China (que negocia 22,63% do total, somando US$1,49 bilhão de arrecadação). Porém, também foi registrado aumento em volume e faturamento em mercados como União Europeia, Chile e Emirados Árabes, no acumulado de 2018 comparado ao mesmo período de 2017.

Outro fator positivo para a comercialização da carne brasileira no exterior é a retirada da vacina contra febre aftosa – que deve acontecer em todo o território nacional até o ano 2021 – dando ao Brasil o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de país livre da doença sem vacinação e a abertura da exportação para mercados que remuneram melhor, como Japão e Coreia do Sul.

Grande avanço para a exportação de carne bovina do Brasil, a redução na dosagem atual e a retirada gradual da vacinação resultam dos trabalhos da FAESP (Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo) e do CNPC (Conselho Nacional de Pecuária de Corte) em parceria com diversas entidades do setor, que há mais de 20 anos vêm desenvolvendo campanhas, palestras e reuniões para debater sobre o tema, numa busca constante para levar o mercado e o produtor do país a condições de excelência.

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