Clima atípico coloca em risco florestas e plantações
Tenente da Defesa Civil reiterou a importância da população evitar ações que podem levar a incêndios
Colocar fogo em lixo, ou mesmo jogar uma bituca de cigarro à margem de rodovias, pode levar a incêndios que afetarão a economia e colocarão em risco a vida de milhares de pessoas. Essa foi a mensagem que o 1º Tenente PM Caio Mormillo Veneziani, da Defesa Civil da Casa Militar do estado de São Paulo, reiterou em sua palestra, na manhã desta sexta-feira (23), na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp). Para ele, informação é sempre a melhor ferramenta para o combate a incêndios.
Atualmente, o interior de São Paulo enfrenta uma série de queimadas que têm causado grandes prejuízos ambientais e econômicos. As condições climáticas adversas, como o calor intenso e a baixa umidade do ar, associadas ao manejo inadequado do fogo, têm contribuído para o aumento desses incêndios. Regiões como o oeste e o noroeste paulista estão entre as mais afetadas, onde o fogo tem devastado áreas de vegetação nativa, plantações e até propriedades rurais. Esses incêndios não só afetam a biodiversidade local, mas também geram uma intensa poluição atmosférica, que prejudica a saúde das populações nas áreas urbanas e rurais próximas.
“Os incêndios são problemas comuns a todos nós e lógico que a agricultura e a pecuária estão nesse contexto. Trabalhamos localmente em parceria com as Defesas Civis, para prevenir o aumento e a incidência desses casos, para termos uma estiagem mais tranquila e os prejuízos econômicos, sociais e para a saúde da própria população serem atenuados”, frisou Veneziani.
Por conta da baixa umidade do ar em todo o estado, em um contexto atípico por conta da transição entre os fenômenos El Niño e La Niña, a operação São Paulo Sem Fogo, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo teve de antecipar a sua fase crítica. Segundo o militar, analisando toda a série histórica, esse ano apresenta os números mais altos em relação a focos de calor e áreas queimadas.
O gerente do Departamento de Sustentabilidade, José Luiz Fontes, lembrou que há uma preocupação constante em levar informação aos produtores, para que eles possam participar dessa prevenção. Mais que evitar multas por práticas inadequadas, a proposta é evitar riscos às suas famílias e à produção. Já o coronel Alberto Malfi Sardilli, assessor da presidência, reforçou que a Faesp estará sempre atenta aos temas que impactam no meio rural, a fim de criar as ferramentas para que o setor agropecuário paulista possa focar na prevenção.
“Essas palestras são muito importantes por estreitar o relacionamento com setores importantes para a prevenção, como a Defesa Civil. É importante que os sindicatos também mobilizem seus municípios para que haja respostas rápidas em casos de emergência”, concluiu Sardilli.