BIOECONOMIA: Cada vez mais produtores estão obtendo vantagens com produção de energia em suas propriedades. Você vai ficar de fora dessa?
Produtores têm linha de crédito para investir (e lucrar!) em energia renovável e tecnologias ambientais com juros de 3% ao ano e cinco anos de carência
Chegou a hora de o produtor rural dar um grande salto com o uso sustentável dos recursos da biodiversidade e da energia produzida em suas próprias terras. E quem acha que essa coisa de energia limpa, renovável e sustentável é caro de fazer ou muito complicado está enganado! É possível sim, mesmo para o pequeno produtor. O BNDES está financiando tudo isso e o retorno é certo.
É o que afirma Ademar Pereira, presidente do Sindicato Rural de Caconde, que faz um trabalho de conscientização dos produtores de sua região para que aproveitem as vantagens daquela que é conhecida como “geração distribuída” – a energia elétrica gerada no local do consumo ou próximo a ele por meio de fontes renováveis. “A bioeconomia é um fato real e está beneficiando muitos produtores. Caconde é um exemplo para os empreendedores de outras cidades no que se refere a produção de energia. E com o financiamento do BNDES, fica muito mais fácil”.
Para Ademar, com o estresse hídrico atual, é o momento oportuno para os produtores buscarem alternativas de energia (como energia solar, eólica e biomassa) e fugir dos altos custos da energia convencional. O sistema FAESP/SENAR-SP vem realizando um trabalho contínuo, em conjunto com os sindicatos rurais, para o avanço do agronegócio na Bioeconomia, com benefícios para o meio ambiente e também econômicos para o setor. Produtores que quiserem mais informações devem procurar o Sindicato Rural de seu município.
Ademar alerta que o produtor rural que ainda não participa da “geração distribuída” tem de ter pressa e agilizar na busca de capacitação e inovação. Isso porque já foi aprovado na Câmara, e atualmente está no Senado, o novo Marco Regulatório que vai oferecer segurança jurídica para quem já está inserido nesse processo. Consumidores que já se utilizam do sistema permanecerão isentos de cobranças de tarifas sobre o excedente da produção de energia até 31 de dezembro de 2045. Quando a nova lei estiver valendo, ainda haverá um prazo de 12 meses para solicitar a entrada no sistema aproveitando dessas mesmas isenções.
O financiamento do BNDES para o programa Pronaf Bioeconomia tem juros de 3% ao ano, com cinco anos de carência e prazo de até dez anos para pagar. Os recursos podem ser empregados pelos empreendedores rurais para implementação de energia renovável, na adequação ambiental das propriedades, em aprimoramento de sistemas agroflorestais, turismo rural, entre outros.
Ademar Pereira dá um recado final a todos do setor agro: “O produtor precisa ter consciência que participar da Bioeconomia traz lucro. Quem gera a própria energia tem todos os benefícios da redução de gastos e acesso a crédito para tornar isso viável”, conclui.
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