Agricultura/Eumar Novacki: BC sinalizou queda de pelo menos 1 p.p. no juro do Plano Safra 18/19
O secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, disse que o Banco Central já sinalizou com a redução em pelo menos 1 ponto porcentual na taxa média de juros do Plano Agrícola e Pecuário 2018/19, que entra em vigor em 1º de julho. “Nós queremos que a redução seja, porém, de pelo menos 3 pontos percentuais e que também os recursos para financiamento dentro do Plano Safra sejam elevados em 5%”, disse Novacki na Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), onde se reuniu hoje com representantes do setor produtivo. “Em relação aos juros, buscamos pelo menos o meio termo, de 2 pontos porcentuais”, disse.
O presidente da Faesp, Fábio Meirelles, entregou hoje a Novacki as principais reivindicações do setor agropecuário paulista para a formulação do plano. Foram ouvidos 237 sindicatos rurais patronais abrigados na Faesp. Novacki assinalou que o governo federal deve levar em consideração, ao atender às reivindicações do setor, que a agropecuária é a “locomotiva econômica” do País. “Nós entendemos a questão da responsabilidade fiscal, mas o governo precisa privilegiar um setor que está dando certo”, disse.
O secretário lembrou que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, se reuniu recentemente com representantes do Banco Central para definir a questão dos juros, num encontro que qualificou como “duro”. Se o Banco Central não ceder, disse, “o próximo passo é falar com o presidente da República”, comentou. “A ideia é que esse plano seja maior do que o anterior, inclusive em recursos, mesmo que haja queda de juros.”
Quanto ao aumento da subvenção do prêmio do seguro rural, reivindicado pela Faesp, Novacki disse que nos últimos cinco anos já houve “um avanço” no total dos recursos, atualmente em R$ 384 milhões, no Plano Safra 2017/18. “Tivemos um compromisso da equipe econômica que será reservado um espaço maior no orçamento para essa questão”, comentou, sem, entretanto, dizer qual seria esse adicional.
Em relação a reivindicação de que a borracha natural seja protegida da concorrência com o produto importado, Novacki pediu que a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Borracha Natural, abrigada no ministério, discutisse o assunto. “Queremos saber quais os pontos que estão sob responsabilidade direta do ministério para que possamos atuar”, finalizou.
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