FAESP participou de encontro sobre agenda de pesquisa em seguros rurais
Na última sexta-feira (6), Cláudio Brisolara, gerente do Departamento Técnico e Econômico da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP), foi convidado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a participar da reunião do grupo de estudos “Seguros rurais para o desenvolvimento da agropecuária brasileira: percepção dos produtores e demandas setoriais, análise de impactos das políticas públicas, tendências e previsões”.
O encontro, promovido pela CNA, no 59º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (Sober) e do 6º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC), buscou mapear uma agenda de pesquisas que contribua para a expansão e o aprimoramento do mercado de seguros rurais, dos produtos de seguros e dos programas de apoio do Governo Federal para a utilização de instrumentos de gestão de riscos.
A agenda é multidisciplinar e, por isso, foi proposta a criação de uma rede ampla de pesquisa, que deve contar com o apoio financeiro do setor privado, visando o desenvolvimento de pesquisas e a divulgação dos conhecimentos gerados aos agentes desse mercado, incluindo produtores rurais, seguradoras, resseguradoras e Governo, entre outros.
A discussão foi coordenada por Cláudio Brisolara e contou com a participação da assessora técnica de Política Agrícola da CNA, Fernanda Schwantes. A Confederação foi uma das patrocinadoras do evento virtual, que teve como tema “Ações coletivas e resiliência: inovações políticas, socioeconômicas e ambientais”.
Os debatedores foram o diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Pedro Loyola, o coordenador do Grupo de Estudos em Seguros e Riscos (Geser/Esalq/USP), Vitor Ozaki, o professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Gilson Martins, e o head agro do BTG Pactual, Gabriel Bruno de Lemos. O evento também contou com a participação do secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Bastos.
“Precisamos aproximar a academia dos problemas reais do mercado para que as pesquisas desenvolvidas possam ser aplicadas e efetivas, contribuindo, de fato, para o desenvolvimento do mercado de seguros, a fim de atender os produtores rurais em todo o Brasil”, afirmou Cláudio.
Além da contratação de seguros agrícolas ter crescido nos últimos anos, o Governo ampliou significativamente os recursos para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) – que passou de R$ 427,9 milhões, em 2019, para R$ 881 milhões, em 2020, com previsão de aplicação de R$ 976 milhões em 2021. No entanto, ainda existem pontos que precisam avançar para o crescimento do mercado de forma organizada e para desenvolver instrumentos efetivos de gestão de risco, visando aumentar o interesse das seguradoras e resseguradores na expansão de atividades agropecuárias, coberturas e da abrangência geográfica.
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