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Curso de Viola Caipira do SENAR/SP ensina participantes a tocar com ritmo e emoção

13 de agosto, 2019 - por FAESP/SENAR-SP

A música traz enormes benefícios para a vida de uma pessoa, podendo ser um hobby, uma distração e até mesmo um processo terapêutico. Logo, sua importância para o mundo e para humidade é imensurável. Com isso em vista, o SENAR começou um curso voltado para quem nunca teve contato com um instrumento musical. Com duração de três meses, o curso básico foi dividido na parte prática e teórica, com aulas que aconteceram duas vezes por semana. “Como é um curso voltado a quem nunca tocou, começamos do básico mesmo e quem já sabe um pouquinho acaba ajudando nas aulas”, comenta o professor Frederico Dagoberto Vilela de Araújo.

Você já se imaginou comprando um instrumento musical que nunca viu para começar a tocar? Isso foi o que a produtora rural Solange Finco fez ao saber das aulas de viola caipira pelo Sindicato Rural de Pindamonhangaba, onde se formou a primeira turma pelo curso. “Comprei uma viola usada na internet, me inscrevi e vim pra aula”. Ela afirma que nunca tinha visto uma viola de perto, antes de começar a tocar. “Toquei um pouco de violão clássico quando era criança, mas nem lembrava mais como era.” O aprendizado lhe trouxe felicidade. “Fiquei tão feliz e grata porque aprendi a tocar o instrumento que posso dizer: tocar, além de levar ao infinito, é uma grande terapia que nos faz seres humanos cada vez melhores.”

O professor explica que a classe era bem heterogênea. “Cada um chegou com um nível. Alguns nunca tinham visto o instrumento, outros já arriscavam alguns acordes e uns já sabiam tocar um pouco. Mas isso não foi problema: ajustamos as aulas para que todos udessem usufruir produtivamente do curso, fazendo com que os alunos conquistassem resultados positivos”, salienta o professor.

A aluna Pedrina Fatima Garcia Minari também aprovou as aulas. “O professor foi bem didático, ensinou a todos de uma maneira simples e fácil de entender, respeitando o nível e as diferenças de cada um.”, comenta. Ela, que também já faz aulas de violão, apaixonou-se pela viola – um amor à primeira vista. Para participar das aulas, comprou uma viola usada, porém teve que comprar outras ao longo do curso já que os sons eram dissonantes. “A música faz bem pra alma e aproxima as pessoas”, afirma a aluna, animada e determinada a continuar estudando sozinha, mesmo depois do término das aulas. Pedrina acredita que música é amor, então deve levá-lo para toda vida, aperfeiçoando-se sempre e espalhando os bons sentimentos.

De acordo com Frederico, o professor, todos podem aprender a tocar, mas é preciso dedicação e foco nas aulas, ou seja, não faltar, levar a sério e não se distrair durante as aulas. Para isso, é necessário cativar os alunos com um repertório de seu conhecimento, que os faça aprender interagindo, criando um ambiente de atenção e alegria. “Escolhemos um repertório que seja do conhecimento dos alunos, assim fica mais fácil aprender os exercícios e um pouco de descontração também ajudam”.

Para o aposentado Benedito Nelson de Souza, as aulas estão sendo muito produtivas. “Faz tempo que me interesso pelo instrumento e quero aprender. Até já fiz aulas, vejo vídeos pela internet, mas, ao vivo assim é bem melhor”. Nelson conta que tem adoração pelo instrumento e que desde 2016 vem estudando e tentando melhorar a técnica e o ritmo. “Eu venho estudando bastante, já domino os ritmos, conheço bastante a parte histórica, conheço alguns acordes. É um instrumento que não pode ter pressa pra aprender”, comenta. Os olhos brilham ao falar do instrumento, que segundo ele, é muito mais que isso. “A viola tem alma, ela sofre, chora, estica, encolhe, não consigo passar um dia sem estar com ela”, conclui.

O curso já terminou e deixou saudade entre os participantes. “Pretendo continuar a estudar, porque as aulas me fizeram muito bem e estou amando aprender. Não é só tocar, mas tocar com o coração, com a alma.”, conclui a aluna Solange.

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