Dia Nacional do Café: Salve os abnegados cafeicultores brasileiros que reergueram a economia do País
A história econômica demonstra o café como o grande motor de crescimento do Brasil entre o último quarto do século XIX e o final da década de 20, tendo se tornado o principal produto de exportação do País. Entre 1925 e 1929, antes do craque da bolsa de Nova Iorque, a exportação do café representava mais de 71% das remessas totais de produtos brasileiros ao exterior e 10% do produto nacional bruto.
A crise de 1929 não teve apenas consequências negativas, pois impulsionou a evolução técnica, com a introdução de variedades de café de menor porte, como o Caturra e mais tarde o Catuaí, que facilitaram os tratos culturais e a colheita. Nas décadas de 50 e 60, a capacidade da atividade de gerar empregos e divisas, atrair investimentos, além de financiar a industrialização do País, fez do café um importante alicerce do desenvolvimento nacional.
Em dezenove décadas o café se manteve como a bebida de maior consumo da população mundial, sendo nossos principais estados produtores: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Rondônia, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás e Mato Grosso, que correspondem a cerca de 98,6% da produção nacional. Deve também ser creditado ao setor cafeeiro a evolução da economia do país, assim como a expansão das estradas, a construção e implantação das Santas Casas e até mesmo os alicerces da Ponte Rio Niterói.
Nesta data, relembramos dos valorosos e corajosos cafeicultores que, com destemor, reergueram a cafeicultura após a crise mundial de 1929, que feriu de morte toda a economia nacional. Cumprimentamos também as extraordinárias famílias que não desistiram e se mantiveram nas lides do campo.
O Dia Nacional do Café relembra o início das grandes plantações cafeeiras no país, responsáveis por representar um importante período histórico para o desenvolvimento da economia e sociedade brasileira.
A nossa instituição também teve papel fundamental na implantação da indústria de café solúvel, ao auxiliar na liberação de estoques do IBC – Instituto Brasileiro do Café para obtenção de recursos destinados aos projetos de beneficiamento, uma vez que integrávamos a sua junta administrativa , assim como a presidência do Banco Nacional de Crédito Cooperativo – BNCC, do Instituto do Café do Estado de São Paulo e a diretoria de Crédito Rural e Agroindustrial do BADESP. Hoje, a indústria de café solúvel está consolidada, perfazendo 9% das exportações totais de café.
Como Presidente da FAESP e também produtor de café reitero o meu orgulho de integrar este extraordinário setor. Cumprimentos a todos os cafeicultores e à nossa Comissão de Cafeicultura. Nunca é demais repetir: Salve o cafeicultor brasileiro!
Fábio Meirelles
Presidente do Sistema FAESP SENAR/SP
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