Presidente do Sindicato Rural de Caconde assume nova gestão 2020/21 da Câmara Setorial de Café da SAA
Com o objetivo de ampliar a representatividade e união entre as de entidades públicas e privadas, em prol da cafeicultura paulista, o produtor rural e presidente do sindicato rural de Caconde, Ademar Pereira, foi eleito por aclamação, o novo presidente da Câmara Setorial de Café, instalada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro).
As Câmaras Setoriais são fóruns de discussão que reúnem representantes de entidades públicas e privadas das cadeias produtivas do agronegócio. A eleição para a nova gestão 2020/2021, ocorreu por meio de reunião virtual no dia 10 de agosto.
Ademar destaca que a organização do setor é fundamental para o fortalecimento dos diversos elos da cadeia, e que todos têm papel importante, poder público, indústria, comércio, “e agora eles escolheram um produtor para coordenar o trabalho”. Para ele, é importante estreitar as relações da Câmara não somente com os Institutos de Pesquisa, mas também com instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR-SP), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP) e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP), “são grandes parceiros nos processos de desenvolvimento, tanto da produção, indústria e comércio e, principalmente para a construção de uma cafeicultura moderna no Estado de São Paulo”.
A cafeicultura tem um forte potencial a ser aproveitado, basta organizar e articular todos os elos que integram o segmento e podem alavancar um processo de crescimento e desenvolvimento potente e sustentável do mercado cafeeiro. “Estamos em contato com o Sindicato da Indústria de Café (Sindicafé) para firmar um termo de cooperação com as cafeterias, para divulgar o grão de alta qualidade que é produzido em São Paulo”, explicou Ademar.
Para o presidente do Sistema FAESP/SENAR-SP Fábio de Salles Meirelles, a gestão de Ademar Pereira irá fomentar a interlocução entre as entidades e o setor produtivo. “Esse é nosso objetivo, unir forças, trabalhar em conjunto todos os elos das cadeias produtivas, desde o produtor, as agroindústrias e o comercio, e assim, interligando, de forma a estimular o setor com propostas inovadoras e que realmente agreguem valor ao produto, tornando o agronegócio paulista cada vez mais forte e competitivo, tanto no mercado interno quanto externo”.
Sobre o Café
O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. Em 2019, o País colheu 42,3 milhões de sacas de 60 quilos e registrou um recorde de exportações de 36,8 milhões de sacas – crescimento de 1,3% em comparação ao ano anterior. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Safra 2020, marcada pela bienalidade positiva, deve apresentar uma produção 35% maior que a obtida em 2019, devendo alcançar entre 57,2 milhões e 62,02 milhões de sacas beneficiadas. Minas Gerais é o maior produtor nacional, seguida pelo Espírito Santo e São Paulo. Se for considerada apenas a produção da variedade Arábica, São Paulo fica em segundo lugar.
Dados da segunda previsão e estimativa da safra agrícola, analisados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), indicam uma produção de 352,8 mil toneladas, volume 33,2% superior ao obtido na safra anterior. Na regional de Franca, estimou-se colheita de 2,6 milhões de sacas de 60 kg, caminhando para recorde histórico de produção nessa região. Houve incremento da produtividade nessa regional, saltando para 37,7 sc. de 60 kg/ha. Assim, entre fevereiro e abril, a estimativa acrescentou uma saca de produção adicional a cada três hectares cultivados. Nas demais regionais relevantes na cafeicultura paulista (São João da Boa Vista, Marília e Ourinhos), observaram-se variações apenas na produção e produtividade.
A atual temporada deverá ser caracterizada por um ano bastante atípico na história da cafeicultura, diante de tais aspectos: elevadas produção e produtividade, boa qualidade e preços para a maior parte dos empreendedores, e remuneradores. Essa condição favorece que estratégias públicas e privadas visando o incremento da competitividade sejam adotadas com maior chance de êxito.
Informações: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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