Por prejuízos provocados por tempestades, bananicultores terão crédito emergencial
Os Bananicultores do Vale do Ribeira podem demorar até dois anos para recuperar estragos causados pelos temporais, fortes ventos e granizo, que atingiram 250 unidades produtivas no final de maio. Para muitos, trata-se de um grande prejuízo, não só para a produção em si, mas também para a geração de renda e a manutenção de empregos e sobrevivência no campo.
Tempestades de granizo e transbordamentos de rios dizimaram plantações. Segundo Jeferson Magário, Presidente do Sindicato Rural do Vale do Ribeira e Coordenador Técnico da Comissão de Fruticultura da FAESP “as perdas são de até 90% da produção, com prejuízos de milhões.”
Diante da difícil situação, os produtores relataram o cenário de dificuldades à FAESP e solicitaram apoio das autoridades, para minimizar o impacto dos prejuízos.
A Secretaria da Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo liberou uma linha de crédito de R$ 2 milhões para as cidades de Miracatu, Sete Barras, Jacupiranga, Cajati, Pariquera-Açu, Eldorado, Itarari e Pedro de Toledo. A medida garantirá uma retomada da produção mais rápida e minimizará as consequências da calamidade.
Para acessar o crédito, o produtor deve procurar a Casa da Agricultura de seu município ou Escritório de Desenvolvimento Rural (EDR) da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) da Secretaria da Agricultura e Abastecimento. A comprovação do prejuízo será feita mediante visita de um técnico da Cati à propriedade e será registrada no próprio projeto de acesso à linha.
O financiamento é de até R$ 60 mil e pode ser solicitado por produtores rurais e pessoas físicas ou jurídicas. “É praticamente um empréstimo de cinco anos com taxa de juros bem abaixo do mercado. O pagamento poderá ser feito em até 60 meses. O pagamento em parcelas iguais tem carência de até dois anos e taxa extra de juros de 3% ao ano.”, explica o secretário de Agricultura e Abastecimento, Gustavo Junqueira. O financiamento pode ser solicitado até o dia 29 de novembro de 2019, junto ao Escritório de Desenvolvimento Rural da Secretaria de Registro.
O governador João Doria ressaltou “que a iniciativa deverá reerguer a região, que é muito representativa nas duas culturas: banana e palmito pupunha. Reconheceu a importância do trabalho e produção da região, que gera renda e empregos no Estado de São Paulo. Tudo será feito sem burocracia junto à Secretaria de Agricultura e Abastecimento.”
A Coordenadora Executiva da Associação dos Bananicultores do Vale do Ribeira, Vera Vasconcelos, afirma que o dinheiro trará “fôlego” para o recomeço da produção. “Vamos retirar todas as bananeiras dos hectares, comprar insumos e mudas para replantar. A recuperação vai demorar mais de dois anos.”
Compartilhe
Artigos relacionados
Deixe seu comentário