Peste suína na China gera efeito positivo sobre a exportação de carne bovina brasileira
Pecuaristas brasileiros ao analisarem os reflexos da peste suína que assola o mercado chinês de carne bovina acreditam que o mal pode gerar efeitos positivos para as exportações brasileiras. Cyro Penna, coordenador da comissão de bovinocultura de corte da FAESP e presidente do Conselho Nacional da Pecuária de Corte (CNPC), ao comentar o assunto, afirma: “Com o aumento de necessidade de importação dessa proteína animal de outros mercados para suprir o consumo interno chinês, o Brasil pode se beneficiar com forte aumento de volumes exportados e reflexos positivos nos preços, inclusive no mercado de proteína animal de origem bovina.”
O avanço da peste suína africana (PSA) na China, com perdas estimadas neste ano de 35% na produção do país, deve ampliar a exportação dos produtores brasileiros de proteína animal (suínos, bovinos, aves), ainda mais considerando-se a abertura de novos frigoríficos. Se os mesmo cumprirem as exigências sanitárias para negociação com os chineses, o Brasil reduzirá as vendas de soja e farelo para China, ampliando as de carne, que são produtos de mais valor agregado.
Como grandes consumidores, o aumento das exportações à China pode representar um importante diferencial na remuneração dos pecuaristas da bovinocultura de corte. O cenário atual é favorável para o aumento da exportação de carne bovina e, consequentemente, do lucro para o setor pecuarista.
“A PSA que atinge a China implicará no abate sanitário de grande parte do rebanho suíno no país.”, reitera Cyro. As exportações totais subiram 51,4% de valor em comparação com abril de 2018 e atingiram US$ 110 milhões.
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