MAPA proíbe vacinas contra febre aftosa no Paraná
Publicada no Diário Oficial da União (DOU), a Instrução Normativa Nº 47, de 15 de outubro deste ano, proíbe a manutenção, comercialização e uso de vacinas contra a febre amarela no estado do Paraná a partir de 31 de outubro. A Secretaria de Defesa Agropecuária editará normas complementares para a restrição e controle do ingresso de animais vacinados contra a doença no Paraná, que serão adotadas a partir de 1º de janeiro de 2020.
Oficializada pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, a medida coloca o Paraná junto de Santa Catarina como os únicos estados do Brasil em que não há vacinação dos rebanhos bovinos contra a doença. A previsão inicial era de que o Paraná suspendesse a vacinação apenas em 2021, porém, com a adoção de algumas medidas, o estado, que possui 9,5 milhões de bovinos, conseguiu antecipar o calendário.
Para assegurar o cumprimento da Instrução Normativa Nº 47 e a segurança sanitária do rebanho paranaense, o novo regulamento prevê a contratação de veterinários e a instalação de postos na divisa com outros estados para o controle no tráfego de animais. “Com a suspensão, o Paraná passa a ter um selo sanitário muito melhor para o resto do mundo”, afirmou o governador Ratinho Júnior.
Em setembro de 2020, o Brasil deve pleitear o reconhecimento de área livre de aftosa sem vacinação para que, em maio de 2021, a suspensão seja reconhecida internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). “O principal impacto disso é atingir mercados mais exigentes”, disse Tereza Cristina. Deste modo, o governo federal espera suspender a vacinação em todos os estados até 2026.
O Brasil não registra um caso de febre aftosa desde 2006.
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