GRIPE AVIÁRIA: Estado de emergência decretado pelo governo é um sério alerta, mas não afeta a produção neste momento
Brasil continua sendo considerado território livre de influenza aviária; FAESP orienta que os produtores devem redobrar atenção
Segundo boletim do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o Brasil registrou mais dois casos de influenza aviária. Até o momento, a doença foi identificada em sete aves silvestres no litoral do Espírito Santo e uma no Rio de Janeiro. Os registros foram em aves das espécies Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real). Nenhum caso em aves comerciais ou de subsistência foi registrado.
Diante dos novos casos, o MAPA assinou uma portaria publicada no Diário Oficial da União declarando estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional. A publicação feita na noite de ontem (22) tem validade de 180 dias e tem o objetivo de evitar que a doença chegue à produção de criatórios de aves de subsistência, granjas avícolas comerciais e granjas de reprodução, além de preservar a fauna e a saúde humana, já que se trata de uma zoonose que pode infectar os seres humanos. A medida também possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais nas três instâncias e não governamentais.
Mesmo sem nenhum caso registrado no Estado de São Paulo, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP), em apoio ao plano de trabalho e ações lançadas pelo MAPA e pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo (CDA), vai fortalecer a campanha de prevenção e vigilância de influenza aviária no Estado de São Paulo.
O MAPA também destacou que não há mudanças no status brasileiro de livre da influenza aviária de alta patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial.
“No início deste ano, quando foram registrados casos de gripe aviária em países da América do Sul, encaminhamos um material contendo as principais medidas de prevenção e vigilância a serem adotadas pelos produtores para todos os sindicatos rurais do Estado. Sabemos que o melhor caminho a ser seguido por toda cadeia da avicultura nacional é a prevenção e a detecção precoce dos casos suspeitos. Por essa razão, vamos reforçar essa campanha junto aos produtores paulistas e ficar atentos a qualquer caso suspeito”, falou o vice-presidente da FAESP, Tirso Meirelles.
Entre as orientações da FAESP, destaque para o cancelamento ou suspensão de feiras e exposições com aglomeração de aves, e o isolamento de aves comerciais de produção em relação às aves criadas livremente.
“É fundamental que todos envolvidos na criação de aves mantenham estado permanente de atenção e vigilância”, reforça Meirelles.
Um manual do Ministério da Agricultura e Pecuária, que pode ser acessado aqui , fornece recomendações básicas de biosseguridade para a produção avícola. Alguns dos pontos listados são:
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