FAESP se manifesta contra aumento do fundo eleitoral
No último 15 de julho, o Congresso Nacional incluiu na Lei de Diretrizes Orçamentárias e aprovou, com apoio da maioria dos partidos políticos, o aumento do fundo eleitoral, que subiu dos atuais R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões.
Se aprovado, o Brasil passa a liderar o ranking do uso de dinheiro público para financiamento de campanhas eleitorais. Somado ao fundo partidário de R$ 1 bilhão, corremos o risco de cometer o desatino de direcionar 0,09% do Produto Interno Bruto para esta rubrica.
É certo que, a fim de garantir maior isonomia na disputa eleitoral, pilar do sistema democrático, ainda há necessidade de financiamento público. Mas nada que justifique que o valor destinado tenha praticamente triplicado.
Estamos diante de uma das mais graves crises sanitárias e econômicas já enfrentadas que impactou severamente a maioria da população. Assim como o setor produtivo teve que se reinventar, se transformar, priorizar gastos para garantir fôlego e permanecer em atividade, do setor público também se espera uma atuação ética, transparente e convertida para o bem de todos cidadãos.
Nós da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) esperamos que o Presidente da República, Jair Bolsonaro, demonstre a responsabilidade de dirigir a Nação brasileira para o caminho da reconstrução sustentável da economia e da sociedade e faça valer seu poder de veto a este injustificado aumento.
Tirso Meirelles – vice-presidente da FAESP e presidente do SEBRAE-SP
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