FAESP: reformas também são necessárias para conter inflação
O Copom (Comitê de Política Monetária) aumentou de 5,25% para 6,25% ao ano a taxa básica, a Selic, usada para controlar a inflação.
Fábio de Salles Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP), ao comentar o aumento da Selic em mais um ponto percentual na reunião do Copom desta quarta-feira, 22 de setembro, manifestou preocupação com o impacto no setor agrícola. Entretanto, disse entender que a medida é um esforço do Banco Central para conter a inflação.
Porém, somente a elevação dos juros, que trava a retomada, não é suficiente, considerando as circunstâncias da pandemia e crise hidroenergética, dentre outros fatores da presente conjuntura. “Também são fundamentais as reformas tributária e administrativa para o reequilíbrio da economia. Na sua ausência, o governo acaba aumentando mais a Selic para segurar os índices inflacionários”, observou o presidente da FAESP.
Meirelles ponderou, contudo, que os juros mais altos têm impacto no financiamento do setor agropecuário, que foi fortemente atingido pelo frio intenso e a falta de chuvas. Muitos produtores têm de recorrer ao mercado financeiro, pois os recursos do Plano Safra, com linhas especiais e taxas menores, não são suficientes para atender todos. Concluindo, ele disse esperar que se realizem as reformas e que a economia brasileira, com o avanço da vacinação contra a Covid-19, tenha um novo impulso no último trimestre de 2021 e no próximo ano.
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