Home » FAESP realiza reunião conjunta das Comissões de Pecuária

FAESP realiza reunião conjunta das Comissões de Pecuária

16 de abril, 2018 - por FAESP/SENAR-SP

A FAESP reuniu suas Comissões Técnicas e Especiais de Bovinocultura de Leite, Bovinocultura de Corte, Aquicultura, Avicultura e Suinocultura, no último dia 10, para propor iniciativas que possam valorizar a pecuária paulista.

Ações para antecipar o status do estado de São Paulo como área livre de febre aftosa sem vacinação abriu a pauta da reunião. No Brasil, o único estado que mantém essa classificação é Santa Catarina. Em maio de 2018, o Brasil será reconhecido como área livre de febre aftosa com vacinação e a expectativa é que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) venha a elevar a classificação para livre de febre aftosa sem vacinação em 2021.

“Vamos iniciar uma série de esforços para acelerar a decisão da OIE, mas também impedir que retrocessos ocorram”, comentou Thyrso de Salles Meirelles, vice-presidente da FAESP. Uma das propostas é a criação de um fundo estadual, seguindo o modelo de outros estados como Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Parte dos recursos do fundo seriam destinados às ações indenizatórias ou de isolamento emergencial de rebanho. Um percentual menor seria utilizado em programas estratégicos e de capacitação juntos aos produtores rurais.

A pedido do setor produtivo, o Ministério da Agricultura publicou uma nova regulamentação que diminuiu a dose da vacina de 5 ml para 2 ml. A retirada da saponina, substância que pode causar abcesso nos animais, ficou para 2019.

Os participantes da reunião decidiram reiterar junto às autoridades a importância de manter o calendário aprovado em 2017 para retirada da vacinação contra febre aftosa nos circuitos pecuários, bem como cobrar do MAPA celeridade na implementação da fabricação da vacina sob os novos parâmetros técnicos.

Importante salientar que o calendário de vacinação foi alterado no estado, pois o rebanho geral de bovinos e bubalinos deverá ser vacinado de 1 a 31 de maio, enquanto os animais jovens, até 24 meses, deverão ser vacinados na etapa de novembro. A FAESP fará uma força-tarefa de comunicação para informar os pecuaristas do estado. A inversão do calendário também foi uma conquista da FAESP e CNPC que solicitaram a medida para evitar abortos e diminuição na produtividade dos rebanhos.

As comissões presentes também discutiram proposta de lançamento de uma campanha institucional, com o intuito de levar ao consumidor informações de qualidade sobre os benefícios do consumo de produtos de origem animal, contrapondo campanhas negativas e informações incorretas que são disseminadas aos consumidores por determinados grupos de interesse.

A comissão propôs a organização de um evento, com especialistas, para debater as consequências dos resíduos de antimicrobianos no leite e medidas de manejo que devem ser recomendadas aos produtores. A ocorrência dos resíduos tem sido ponto de atenção das autoridades sanitárias, devido aos efeitos destes compostos nos produtos e seu impacto no comércio internacional.

    Assine nossa newsletter

    Compartilhe

    Deixe seu comentário