FAESP realiza 2ª Webconferência para discutir planos estaduais de erradicação da Febre Aftosa
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) realizou nesta quinta-feira, 12, a 2ª Webconferência com representantes da Coordenação dos Grupos de Estados – CCGEs do Bloco IV, para discutir os planos estaduais de erradicação da Febre Aftosa e sobre a preocupação com a ausência de data para retirada da vacinação.
A reunião sugerida pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG) e Secretaria do Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA) de Minas Gerais, contou com a participação de representantes da CCGE, que é a união de 11 estados federativos do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.
Representando a FAESP, participaram o vice-presidente Tirso Meirelles, Wander Bastos presidente da CCGE, e Thiago Rocha, que conduziu a reunião e apresentou a pesquisa sobre a evolução do Plano Estratégico nos estados e demais esclarecimentos sobre o tema.
De acordo com a equipe técnica da FASP, o encontro online foi motivado pela preocupação com relação à deliberação da 5ª Reunião da Equipe Gestora Nacional do Plano Estratégico de vacinação para erradicação da febre aftosa, a qual interrompe, sem previsão de retomada, o calendário de suspensão da vacinação de bovinos e bubalinos.
Os representantes discutiram sobre o status de cumprimento das ações estaduais previstas no Plano Estadual, verificando as principais dificuldades e perspectivas nas esferas financeiras e de recursos humanos, com vistas à formulação de um diagnóstico que poderá, eventualmente, subsidiar a proposta de um novo calendário de vacinação.
Outros pontos ressaltados foram: a necessidade do fortalecimento dos serviços veterinários oficias, com foco na contratação de pessoal e investimentos estruturais, a elaboração de um calendário de reuniões da CCGE – equipes gestoras estaduais – a cada 3 ou 4 meses com o objetivo de informar a situação dos blocos, visando uma melhor organização e compartilhamento da situação de cada Estado (visto que o calendário de retirada de vacinação foi interrompido), a importância de ampla participação do setor privado para avanço do PNFEA, a relevância da participação da equipe gestora do Bloco 4 – que corresponde ao sudeste – , uma vez que cerca de 60% do rebanho bovino é deste bloco, e a discussão da atualização do banco de vacinas.
Durante a abertura, Dr. Geraldo Moraes, diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, ressaltou: “A CCGE tem papel muito importante na construção das informações e no levantamento dos posicionamentos dos Estados, que depois irão sinalizar caminho para as decisões a serem tomadas no Grupo Gestor Nacional do MAPA. A participação do setor privado na condução do processo se deve ao compartilhamento das responsabilidades, nesse sentido a FAESP tem feito um excelente trabalho”. Complementou que, apesar da pandemia o trabalho do MAPA não parou: “Capacitamos 40 auditores para avaliar a condição e a qualidade da vacina, objetivando continuar o plano de vacinação aftosa. Há grande expectativa de avanço conjunto dos blocos”.
O vice-presidente da FAESP, Tirso Meirelles, reiterou “A FAESP está muito feliz com a oportunidade de estar a frente da CCGE, contribuindo ativamente para o avanço do Plano Estratégico. O setor está empenhado e trabalhando para o pleno estabelecimento de um ambiente seguro para o pecuarista, possibilitando a retirada da vacinação”. Em complemento, Tirso agradeceu ao Ministério da Agricultura pelo apoio a Federação que tem realizado importantíssimo trabalho para o desfecho da retirada da vacinação no Bloco 4, um Bloco decisivo para a manutenção da sanidade no rebanho do país.
Também foi discutida a mudança da presidência da CCGE para o Estado da Bahia, conforme previamente definido. A FAESP propôs aos participantes que a transição seja concluída na realização da próxima reunião do Bloco IV (04/12). A solicitação justifica-se pelo fato de a FAESP ter tempo para preparar o relatório da presente reunião, bem como organizar os documentos de trabalho, para serem transferidos ao Estado que assumirá a presidência do bloco.
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