FAESP orienta produtores de soja sobre cadastro no GEDAVE
Produtores e Sindicatos Rurais acompanharam tutorial apresentado em parceria com a Coordenadoria de Defesa Agropecuária.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) realizou na última segunda-feira, dia 12/09, uma monitoria online sobre o cadastro das lavouras de soja no sistema de Gestão de Defesa Animal e Vegetal (GEDAVE), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA/SP).
O evento foi uma iniciativa conjunta entre a FAESP e a Coordenadoria de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo (CDA), vinculada à SAA/SP, por meio de suas Diretorias de Defesa Sanitária e de Capacitação e Educação em Saúde Única. A condução da palestra ficou por conta do gerente do Programa Estadual de Vigilância Fitossanitária da CDA/SAA-SP, o engenheiro agrônomo Caio Ramos da Silva. Mais de 150 pessoas estiveram presentes no evento, entre produtores, representantes de sindicatos rurais, associações e cooperativas.
O cadastro das lavouras de soja é uma determinação nacional, vinculada ao Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), do Ministério da Agricultura (MAPA). Em 2021, por meio da Portaria MAPA nº 306/21, o órgão federal institui a estratégia de vazio sanitário como uma das medidas fitossanitárias para o controle da ferrugem asiática da soja, delegando aos Estados a sua implantação e fiscalização quanto ao seu cumprimento pelos produtores, mediante a exigência do cadastro. “O vazio sanitário é um período em que é proibido a cultura, ou seja, os produtores não podem plantar e manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento em suas lavouras, visando a redução da praga. O objetivo é que ela (praga) não se reproduza, minimizando dessa forma, os danos econômicos à produção durante a safra seguinte”, resumiu Ramos.
Em São Paulo, a Resolução SAA nº 59/21, determinou 90 dias obrigatórios de vazio sanitário da soja no Estado, a fim de reduzir ao máximo a incidência da ferrugem asiática no território paulista. Esse período se inicia em 15 de junho e termina em 15 de setembro. A partir de 16 de setembro até 31 de dezembro de 2022, a semeadura estará permitida – momento em que o cadastro deve ser realizado. O cadastro das lavouras de soja no GEDAVE é obrigatório. Os objetivos são a manutenção do controle sobre a produção local e o cumprimento do vazio sanitário em 2023”, orientou o palestrante.
O tutorial apresentado pelo gerente de vigilância fitossanitária da CDA contou com um passo a passo, indicando o que deve ser realizado pelos produtores em cada etapa no portal do GEDAVE. Após criar uma senha para o usuário, atrelada ao CPF do produtor rural, é preciso cadastrar a propriedade. Se o produtor de soja não for o dono da terra, e sim arrendatário ou parceiro, é preciso indicar tal condição – além disso, o proprietário também precisa estar registrado. O passo seguinte é a catalogação das lavouras, indicando que a plantação realizada foi de soja – em determinada variedade e área. Essa etapa é composta de duas partes, que incluem também a localização por georreferenciamento, data do plantio, data do fim da safra e produção estimada.
Proprietários com mais de uma lavoura devem cadastrar uma por uma. Não é preciso apresentar documentos aos Escritório de Defesa Agropecuária (EDA), mas os produtores devem estar cientes de que serão fiscalizados durante o período de vazio sanitário. O proprietário, arrendatário ou ocupante deve realizar o cadastro no GEDAVE, em até 15 dias após o término do plantio. “Todos os escritórios regionais da CDA estão à disposição para auxiliar os produtores que tiverem dificuldade para subir no sistema os dados de suas lavouras”, destacou Ramos.
O Departamento Técnico e Econômico da FAESP também está à disposição para recepcionar e ajudar os produtores a esclarecerem as dúvidas que ainda persistirem ou novas que venham a surgir. “Além de poderem visualizar cada etapa envolvida no cadastro, em uma apresentação bastante didática, os participantes tiveram suas dúvidas prontamente esclarecidas pelo palestrante. Tivemos uma interação muito produtiva e agregadora de conhecimento prático, que avaliamos positivamente ter atingido o objetivo do evento de conscientizar os produtores sobre a importância do vazio sanitário e ajudá-los a cumprirem sem dificuldades com a exigência do cadastro das lavouras”, pontuou a assessora técnica Érica Barros da FAESP. Como o plantio da soja no Estado está apenas começando, até o seu término, em 31 de dezembro, a FAESP e a CDA têm a intenção de realizar novos eventos, inclusive presenciais, para ampliar o alcance da capacitação nas principais regiões produtoras do grão no território paulista.
Para baixar o tutorial clique abaixo:
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