FAESP Informa: Produtores de milho safrinha registram prejuízos por conta do período de seca em São Paulo
O milho safrinha está sofrendo os efeitos do longo período de déficit hídrico, de janeiro a maio de 2021, nos principais estados produtores brasileiros: São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Nas regiões produtoras paulistas, concentradas nos municípios de Assis, Pedrinhas Paulista, Votuporanga, Guaíra e Capão Bonito, nesse período e em alguns desses locais, choveu 1/3 do esperado, conforme os registros do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Essa condição impacta a oferta e os preços, levando apreensão ao mercado.
Em São Paulo, a maioria das lavouras foi semeada a partir de meados de fevereiro até a segunda quinzena de março de 2021. No momento do plantio, a umidade do solo era adequada, mas, no início de abril as chuvas já foram mais escassas e a deficiência hídrica se acentuou ainda mais em maio, quando houve muitos dias sem chuvas. Em Assis e Pedrinhas Paulista, por exemplo, praticamente não choveu em abril.
Algumas localidades paulistas tiveram volumes pluviométricos considerados satisfatórios nos primeiros meses do ano, situação que ficou diferente a partir de março. Nas regiões Norte e Noroeste do Estado, onde as temperaturas são mais elevadas, ultrapassando 30º C, há o aumentando da demanda de água pelas plantas e lá não ocorrem chuvas desde o terceiro decêndio de março. Ou seja, as plantas sofrem com estresse hídrico.
Já na região do Médio Vale do Paranapanema, na divisa com o Paraná, onde está concentrada a maior área de milho safrinha de São Paulo, as temperaturas foram mais amenas, em média de 22 a 25º C.
O desenvolvimento da cultura é satisfatório apenas no Alto Paranapanema, região de Capão Bonito, por exemplo, onde predominam temperaturas médias, entre 18 e 23º C, e ocorreram chuvas mais volumosas em março. As chuvas ocorridas no Médio Paranapanema, na divisa dos estados de São Paulo e Paraná, nos dias 30 e 31 de maio, aliviaram a situação especificamente naquela região. Os volumes totais variaram de 50 a 80 mm. Mas, de acordo com as agências de previsão do tempo, as chuvas não devem ser volumosas nos meses de junho a agosto.
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