FAESP Informa: Agronegócio emprega mais de 300 mil e é o segundo setor a gerar mais vagas em 2020
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE), o Agro, que engloba atividades como agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, registrou uma alta de 3,8% no ano de 2020, gerando 304 mil novos empregos. O setor foi em contrapartida ao cenário atual de desemprego no Brasil, que teve um aumento de 14,6% no terceiro trimestre, atingindo cerca de 14,1 milhões de pessoas.
A geração das mais de 300 mil vagas é um acontecimento significativo, uma vez que o setor de agronegócio não demanda tanta mão de obra quanto a construção civil, por exemplo, que ficou em primeiro lugar gerando 400 mil vagas durante o mesmo período.
Outro dado divulgado pelo IBGE aponta que, contando todas as atividades, houve um aumento no salário dos trabalhadores, enquanto a quantidade de pessoas com salários mais baixos diminuiu. Isso ocorreu, provavelmente, devido ao fato a pandemia da Covid-19 ter atingido principalmente a mão de obra menos qualificada.
Vale ressaltar que mesmo gerando novos postos de trabalho o agronegócio manteve os salários equilibrados, diferente da construção civil, que apesar de apresentar um crescimento considerável, teve queda salarial no setor.
Destaque para a citricultura
E se o Agro apresentou números notáveis na geração de empregos, parte disso se deve ao setor citrícola, grande destaque dentro do segmento. Foram 10.554 postos de trabalho no Brasil de julho a setembro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do IBGE, divulgados pela Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).
Segundo Frauzio Sanches, coordenador técnico da Comissão Técnica de Citricultura da FAESP, a citricultura é uma das atividades agrícolas com maior poder empregatício por hectare na agropecuária do Brasil, principalmente em momentos de colheita, de junho a julho – período que pode se estender até fevereiro do ano seguinte.
Mesmo apresentando queda de 14% em relação ao mesmo período do ano anterior, 8,89% do total de admissões no Brasil em 2020 foram geradas nos pomares de laranja, sendo 86% delas em São Paulo. De acordo com Frauzio, o número poderia ser ainda maior: “Na safra deste ano, a contratação não foi maior devido a sua queda por conta da intensa seca, portanto, a quantidade de frutas colhidas foi menor”.
Dados do Caged apontam que 14% dos empregos gerados em São Paulo foram na área da citricultura. Frauzio destacou a importância da mão de obra para o setor, mesmo com os avanços tecnológicos e de produção, e apontou a citricultura como uma ótima opção para os produtores rurais: “é uma importante atividade geradora emprego e renda, que deve ser estimulada entre os pequenos e médios produtores com políticas públicas”, finalizou.
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