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FAESP: Comissões Técnicas de Bovinocultura de Corte e de Leite discutem a suspensão da vacinação de Febre Aftosa em São Paulo

06 de setembro, 2022 - por FAESP

Criação de fundo para indenização aos produtores também foi tema do encontro

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) promoveu encontro virtual das Comissões Técnicas de Bovinocultura de Corte e de Leite em 02/09. Na pauta, as ações em andamento da FAESP junto aos produtores rurais para a suspensão da vacinação contra febre aftosa e os estudos para criação do fundo para indenização aos criadores em caso de surgimento de foco da doença.

Wander Bastos, coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite, destacou que o Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado de São Paulo (Fundepec) está operacional, mas que é necessária uma articulação com os participantes da cadeia produtiva para levantar os recursos necessários, para que seja efetivamente colocado em prática. “É importante os sindicatos rurais divulgarem aos produtores a respeito dos esforços que a FAESP vem empenhando junto à Secretaria de Agricultura, aos produtores e à indústria tanto no processo de retirada da vacina quanto na estruturação do Fundepec”, apontou Bastos.

O coordenador da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte, Cyro Penna Junior, falou dos desafios de agregar a indústria nesse processo de arrecadação de recursos para o fundo, um elemento essencial para concluir o processo de retirada da vacinação contra aftosa, ressaltando os benefícios para o setor. “Vai haver economia na compra da vacina, nos custos de manejo e com outras despesas. O produtor pode estar seguro de que a suspensão da vacinação será benéfica para o setor produtivo de bovinocultura”, disse o coordenador. Thiago Rocha, assessor técnico do Sistema FAESP/SENAR-SP, mencionou que o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) não é apenas quanto à retirada de vacinação, mas a substituição da vacina por um sistema de vigilância eficiente para que a doença continue sob controle. “A retirada da vacinação não é decisão de um pequeno grupo e depende de uma série de fatores. Os estados do bloco IV, do qual o Estado de São Paulo faz parte, que já foram reconhecidos pelo Ministério da Agricultura como livres de vacinação, ainda não têm reconhecimento internacional como zona livre de aftosa sem vacinação”, destacou. Em relação à vigilância sanitária que será feita pelos produtores, ele ressaltou o treinamento realizado para capacitar instrutores do SENAR-SP que depois vão propagar esse conhecimento para os produtores.

Cláudio Brisolara, gerente do Departamento Técnico e Econômico da FAESP, explicou sobre o desenvolvimento do Fundepec. “Estudamos como os fundos foram estruturados em outros estados para extrair as melhores experiências. A partir daí, elaboramos um plano de trabalho para integrar as melhores soluções, a fim de que o fundo paulista conte com um mecanismo de arrecadação que viabilize sua sustentação financeira”, reforçou Brisolara. Foi mencionado também que já há sinalização favorável de algumas entidades de representação do setor lácteo quanto ao modelo proposto e à adesão ao Fundepec.

Ele disse ainda que a FAESP estudou e sugeriu alternativas para implementação de um mecanismo de arrecadação compulsório, por meio de modificações na legislação estadual vigente, mas essa proposição, após apresentação à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, foi deixada para discussão futura.

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