FAESP alerta sobre sementes clandestinas recebidas pelo Correio
Diante dos casos registrados nas últimas semanas, de brasileiros que receberam pacotes com sementes não identificadas, via Correio, com produtos comprados pela internet, a FAESP (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo), elaborou um documento aos sindicatos rurais com objetivo de alertar e orientar os produtores paulistas, sobre os riscos que o material genético ou sementes clandestinas, representam para as lavouras.
A FAESP orienta que em caso de recebimento, as embalagens não sejam abertas, o conteúdo não seja manipulado e nem jogado no lixo. A pessoa que receber deve imediatamente entrar em contato com o órgão de defesa agropecuária, ou com a Superintendência Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que tomará as devidas providências.
O Brasil possui um rigoroso sistema de controle sanitário e a importação de material genético ou sementes sem autorização e sem os devidos trâmites legais, tem o potencial de causar danos severos à economia agrícola nacional.
A Federação reforça para que o produtor rural adquira sementes por meio de canais autorizados de venda, por questões de biossegurança, de modo a evitar a entrada de pragas ou doenças exóticas no país.
Sobre as sementes não identificadas
Durante o mês de setembro, o Ministério da Agricultura já registrou 4 denúncias de pessoas que receberam sementes não identificadas, pelo Correio, em todos os casos, o material não foi comprado ou solicitado pela pessoa. Os casos foram registrados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso do Sul.
As etiquetas que constam nas embalagens dizem que os produtos vieram da China. O país negou o envio e diz que etiquetas foram falsificadas. Em nota, a Embaixada da China no Brasil informou que segue a legislação internacional sobre o tema, em que é proibido o envio de sementes.
O material recebido pelo Ministério da Agricultura foi enviado ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Goiânia (GO) para análises técnicas. “Até o momento, ainda não é possível apontar os riscos envolvidos”, afirmou o MAPA.
Orientações
Produtor rural paulista, em caso de recebimento de sementes clandestinas, procure orientações junto a FAESP, ao sindicato rural da sua região ou entre em contato diretamente com a Superintendência Federal do Ministério da Agricultura em São Paulo, pelo telefone: (11) 3289-4379.
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