Crise no setor cafeeiro
A cafeicultura brasileira atravessa momento de dificuldades, com produtores arcando com preços baixos, os menores em menos cinco anos, saca abaixo de R$ 400,00, e custos de produção elevados. As margens estão estreitas, com custos de produção oscilando entre R$ 347,00 até R$ 510,00 por saca. Com o atual nível de preço no mercado interno e internacional, o momento complicado se reflete na receita do produtor, com perspectivas de continuidade das margens negativas.
Os preços internos do café arábica têm seguido uma trajetória baixista desde o final de 2018, quando o Brasil colheu safra recorde total de 61,65 milhões de sacas, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Na safra comercial 2019/20, o cenário de baixos preços deve persistir e não restritos apenas ao arábica. No conilon, as margens levantadas, na média brasileira, chegam a ser piores. O custo operacional total estava em R$ 336,00 a saca em janeiro com preço médio de R$ 281,00 a saca, com margem negativa de R$ 55,00.
O Conselho Nacional do Café (CNC) e a Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com participação da FAESP realizaram reunião para debater os temas impactantes da cadeia produtiva do café, dentre eles o cenário de preços.
Desde o ano passado, os altos custos da produção e os preços praticados no mercado não remuneram o produtor, impactando o setor.
Para a comissão de cafeicultura da FAESP é necessária a adoção de um plano emergente que leve garantia para que o cafeicultor, quando contratar financiamento para sua safra, tenha receita para quitar as dívidas, em longo prazo.
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