Câmara aprova projeto que proíbe o leite sintético no Brasil
Leite sintético seria uma “inovação tecnológica”, mas que ameaça a cadeia produtiva nacional
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou semana passada o projeto de lei que proíbe a fabricação e a comercialização de leite sintético no Brasil. A proposta visa proteger a bovinocultura leiteira nacional, setor de grande importância econômica e social para o país, diante da possível concorrência com alternativas sintéticas.
O leite sintético é produzido em laboratório a partir de processos biotecnológicos que replicam as proteínas e demais componentes do leite animal. Apesar de ser apresentado como uma inovação tecnológica e sustentável, especialistas e representantes do setor agropecuário alertam para os riscos que a comercialização desse produto poderia trazer à cadeia produtiva do leite no Brasil.
Atualmente, a bovinocultura de leite envolve cerca de 1,2 milhão de produtores rurais, muitos deles pequenos e médios, e movimenta uma cadeia econômica que vai da produção à distribuição, gerando empregos e renda em áreas rurais. A concorrência com o leite sintético poderia desestruturar esse mercado, causando prejuízos econômicos e sociais.
O projeto ainda precisa ser analisado por outras comissões da Câmara antes de ser encaminhado ao Senado e, posteriormente, à sanção presidencial. A decisão reforça o debate sobre os limites da biotecnologia na alimentação e a necessidade de equilíbrio entre inovação e proteção das atividades agropecuárias tradicionais.
“Faesp Informa” traz informações de fontes externas, não representando as opiniões da Federação e dos sindicatos rurais.
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