Cachaça Velho Sonho fez sucesso na Feira do Empreendedor
A cada ano a cachaça tem demonstrado sua importância no cenário econômico nacional. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Cachaça (Ibrac), o país conta com uma capacidade de produção estimada em 1,2 bilhão de litros da bebida, embora produza atualmente entre 700 e 800 milhões de litros por ano. Com cerca de 1,5 mil produtores nacionais registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), 95% do mercado é formado por pequenos e micro empresários, que geram 600 mil empregos diretos e indiretos.
Produtor de cachaça artesanal, Luiz Sutti participou, no estande do SENAR/SP, da Feira do Empreendedor 2019, realizada recentemente em São Paulo pelo Sebrae/SP. Ele conta uma história típica de pequeno produtor: “Eu aprendi com meu pai que, por sua vez, aprendeu com meu avô. Na época em que comecei a produzir, ainda não haviam cursos do SENAR/SP”. Apesar da falta de cursos na época, a atividade só trouxe satisfação para Sutti, que teve a oportunidade de aprender por meio dos conhecimentos familiares e da prática.
“Com a introdução dos cursos do SENAR/SP, eu e minha mulher fizemos cursos de aprimoramento para aumentar a produção e baixar o custo, visando melhorar a metodologia da própria plantação de cana.”, explica.
Como o produto principal é artesanal, Sutti esclarece que tem o próprio canavial. A preocupação com o solo e o rendimento da produção, o fizeram participar de cursos que o SENAR/SP havia acabado de lançar, como: “Preparação do solo”, “Turismo rural”, “Cultivo de cana” e “Preparação da Cana”, entre outros.
Como os cursos foram úteis, a produção da cachaça artesanal Velho Sonho logo começou a chamar atenção das pessoas e hoje faz grande sucesso entre a população de Jundiaí e região. “Quem conhece e consome o produto, volta sempre volta em busca de mais”, diz orgulhoso. “Guardo as cachaças em tonéis diferentes, sendo um para cada tipo: a cachaça branca fica em tonéis de inox, enquanto a amarela fica em tonéis de carvalho, envelhecendo até dezesseis anos.”, conclui.
A cachaça tem grande importância cultural, social e econômica para o nosso país. Ela está conectada diretamente à cultura indígena, africana e portuguesa, visto que o povo já consumia bebidas obtidas pela fermentação – fato que fez com que o surgimento da cachaça ocorresse de maneira natural nos engenhos no Brasil. Dentre todas as bebidas servidas em território brasileiro, a cachaça artesanal é a que mais faz parte do nosso dia a dia e imaginário nacional: na caipirinha, na gastronomia e até mesmo nas brincadeiras de boteco.
Quem entra nesse ramo de negócio, dele não sai. Melhor assim, tanto para o produtor quanto para o consumidor e a economia nacional.
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