Agricultura familiar pede revisão de critérios do Pronaf e juros menores
Há três meses do início do próximo plano safra, entidades do setor estão se mobilizando na construção do novo plano agrícola e pecuário. Na agricultura familiar, as principais demandas giram em torno das taxas de juros e dos critérios para enquadramento no Programa Nacional de Fortalecimento à Agricultura Familiar (Pronaf).
A maior parte da reclamação dos produtores rurais está relacionada às taxas de juros mais baixas, a partir de 2,75%, anunciadas no plano safra atual, que não são sentidas na prática. Outro aspecto importante são os altos custos de produção, que ameaçam o acesso ao crédito pelos agricultores familiares.
As Federações regionais junto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) devem entregar nos próximos dias um documento para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, com projeções e pedidos a serem incluídos no próximo Plano Safra.
Dentre os pedidos, há também a preocupação com os cortes feitos pelo Congresso Nacional no orçamento da União em relação aos subsídios do Pronaf. Da previsão do Poder Executivo de quase R$ 3,4 bilhões, foram mantidos apenas R$ 2 bi.
Ainda, segundo o secretário de Política Agrícola da Contag, Antoninho Rovaris, a situação é preocupante. “Nós estamos muito preocupados, porque haverá uma grande limitação de recursos para os nossos agricultores”, afirmou Rovaris. “Nossa intenção é lutar por emendas suplementares junto com as bancadas parlamentares que representam o setor e todos aqueles que puderem nos ajudar neste momento, para buscarmos recomposição desse orçamento, algo muito importante para a agricultura familiar brasileira”, completou.
Deixe seu comentário