Comissão Técnica de Cafeicultura: FAESP realiza reunião com lideranças do setor para esclarecimento de ações em prol da cadeia produtiva
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) realizou nesta terça-feira (13) Webconferência com a Comissão Técnica de Cafeicultura, que contou com a participação de presidentes de sindicatos rurais de regiões produtoras de café no Estado, Ademar Pereira, presidente da Câmara Setorial do Café, Maciel Silva, Coordenador de Produção Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Guilherme Araújo, Coordenador das Câmaras Setoriais da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
“Em nome do presidente Fábio Meirelles, quero aproveitar a oportunidade para manifestar minha especial gratidão à CNA, na pessoa do Sr. Maciel Silva. A CNA é uma entidade parceira da FAESP, a qual estamos integrados nesta importante malha representativa que começa no nível municipal e regional com os Sindicatos Rurais, ascende às Federações no nível estadual e culmina na representação federal com a CNA”, declarou Tirso Meirelles, vice-presidente da FAESP, na abertura do encontro.
A reunião se iniciou com a discussão do projeto de Suporte a Qualidade dos Cafés comercializados e consumidos no Brasil, uma iniciativa de grande importância para o setor que permite obter uma real fotografia do café vendido e consumido em nosso país. Caberá às Federações, no âmbito do projeto, realizar gestão junto à base produtiva para coleta de amostras de café verde, que serão analisadas por uma equipe de pesquisadores especialistas a fim de subsidiar ações governamentais.
“Dependemos do apoio interno das Federações para a realização do mapeamento da qualidade de café. Tem-se a pretensão de reformular as instruções normativas para tornarem-se mais adequadas à cadeia produtiva de classificação de café, a princípio de café verde”, esclareceu Maciel Silva, Coordenador de Produção Agrícola da CNA. “A Federação define com a base como operacionalizar e mandar os cafés para serem avaliados. É uma busca por um estado menos burocrático e mais adequado as normas de produção.”
Durante a reunião, foi debatida a liberação e utilização de Recursos do FUNCAFÉ, uma ferramenta de grande importância e que tem como um dos seus objetivos desenvolver a cadeia produtiva do café no Brasil, através de financiamentos e incentivos a modernização da cafeicultura, proporcionando maior produtividade e qualidade e, por consequência, renda no campo.
Quanto ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, Érica Monteiro, técnica do Departamento Econômico da FAESP, apresentou brevemente o panorama geral do Plano Safra 2020/2021 e o orçamento liberado ao setor produtivo para o Plano Trienal do Seguro Rural (PTSR) 2022/2024, que é de R$ 1 bilhão. Foram ressaltadas as mudanças para o PTSR, que entrarão em vigor a partir de 2022, e envolvem: elevação do percentual de subvenção ao prêmio para 40%, com objetivo de atingir o maior número de culturas, aumento do limite anual que o produtor pode contratar, que passará a ser dividido por grupo de atividades, entre outras.
“A contratação do seguro por grupo de atividades é benéfico, pois amplia as possibilidades de contratação para os produtores”, avalia Érica. “As mudanças no PTSR já são frutos do trabalho Projeto Monitor do Seguro, que visam aumentar o número de produtores que tenham acesso ao instrumento, visto que o número de contratações para o seguro do café fazendo uso da subvenção federal ainda é muito baixo comparado a outras culturas.”
No que tange ao orçamento do Seguro Rural para 2021, a FAESP pleiteou, junto a Secretaria da Agricultura, um complemento de R$ 73 milhões, pois entende que é o valor necessário no momento para subsidiar os produtores. “Ano a ano, a FAESP recorre tanto em relação à discussão orçamentária para contemplar recursos para o programa estadual, como também para suplementação e recursos”, completa Érica.
Deixe seu comentário