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SENAR/SP fortalece protagonismo feminino no meio rural paulista

15 de julho, 2019 - por FAESP/SENAR-SP

De acordo com o censo demográfico do IBGE, as mulheres rurais são responsáveis pela renda de 42,2% das famílias do campo no Brasil e, segundo a pesquisa “Mulheres do Agronegócio” – da ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio) -, elas também são as profissionais que mais buscam conhecimento e aperfeiçoamento. Para que as agricultoras sigam quebrando tabus, o SENAR/SP (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de São Paulo) oferece capacitação social e profissional com os programas e projetos pontuais do seu portifólio, com ênfase no tema: Mulheres no campo – Protagonismo e Proteção Social.”

“Trazer o tema para nossos trabalhos possibilita dar visibilidade à importância da mulher no campo e a busca pela igualdade de direitos, preservando sua integridade física e moral, especialmente pelas possibilidades de sua contribuição no cenário econômico e social do agronegócio”, diz Claudete Morandi Romano, chefe da divisão de Promoção Social do SENAR/SP. A iniciativa é centrada em formas inovadoras para a defesa da igualdade de gênero e protagonismo das mulheres, incluindo o acesso a sistemas de proteção, serviços públicos e infraestrutura sustentável. Entende-se que o referido protagonismo passa pela atuação da mulher nos negócios, na educação, no lazer, na participação dos assuntos da comunidade, na política, na religião, enfim em todas as áreas da sociedade.

O protagonismo delas em propriedades rurais é acompanhado pela ampliação do uso da tecnologia da informação, ferramentas de gestão, comercialização, sucessão familiar e negociação nas atividades agrícolas. Com o avanço tecnológico em gestão de agronegócios e implementação de máquinas, a necessidade de força braçal está reduzida, dando mais oportunidades para que mulheres possam atuar nas tarefas do meio rural, realizadas anteriormente por homens. “Elas buscam uma forma de serem protagonistas desenvolvendo habilidades com o celular, a internet e as redes sociais”, explica Romano.

Outro objetivo da proposta dos trabalhos é conhecer, informar e prevenir sobre violência doméstica e familiar – que abrangem qualquer ação que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial -, dando à mulher os meios para reconhecer comportamentos nocivos de parceiros ou familiares e as ferramentas para impedir abusos, como a Lei Maria da Penha.

No meio rural, além destes fatores, as mulheres deparam-se com o agravante do isolamento geográfico, onde o grito por socorro muitas vezes não é escutado e o conhecimento dos fatos e a ajuda são tardios ou inexistentes.
Ações conjuntas de pessoas físicas e jurídicas são essenciais para findar a discriminação da mulher no âmbito social e no mundo do trabalho com políticas de proteção, de educação, de igualdade de direitos e oportunidades entre as pessoas. Medidas essenciais podem e devem partir de todos como:

Informar e criar ambientes favoráveis para a prevenção da violência contra a mulher,
Orientar para o reconhecimento de formas de ações abusivas,
Incentivar e abrir canais de denúncias,
Ofertar acolhimento,
Disseminar práticas para e recondução das mulheres vitimizadas.

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