Home » Aumento da safra de laranja nos EUA reduz exportações brasileiras em 31,4%

Aumento da safra de laranja nos EUA reduz exportações brasileiras em 31,4%

12 de junho, 2019 - por FAESP/SENAR-SP

“Em 2019, a safra brasileira de laranja registrou aumento de 36% e os norte americanos restringiram as importações, na expectativa de uma possível queda de preço nas exportações brasileiras”, afirma Frauzo Ruiz Sanches, coordenador técnico da Comissão Especial de Citricultura da FAESP.

Diz que, em 2018, houve uma queda significativa de safra em território brasileiro, e os Estados Unidos aumentaram as importações para repor estoque, “com medo de faltar suco.”

Prossegue: os Estados Unidos têm queda de produções consecutivas devido ao greening, cancro cítrico, furacões e desestímulo dos produtores quanto a produção – além da faixa etária da população rural ser alta. “Esses fatores fizeram com que mais suco fosse importado do Brasil, porém, em 2019, a perspectiva de safra nos EUA é 35% maior que a do ano passado, aumentando a exportação e diminuíndo importações do Brasil. A apesar da Europa também importar suco brasileiro, não é o suficiente para manter o alto nível de exportações.”

Alerta: “para melhorar o cenário da queda de exportações e da produção brasileira, as indústrias não deveriam plantar laranjas, deixando isso ao encargo dos produtores. Seu foco deveria ser a divulgação do suco de laranja, a realização de campanhas mundiais para maior consumo da fruta. “Há certo tempo, ocorreu campanha mundial no âmbito das dietas sobre controle de caloria, índice glicêmico e o suco de laranja foi divulgado como de muitas calorias. Só que, diferente de um copo de refrigerante ou um energético com a mesma quantidade de calorias, o suco tem vitaminas, sais minerais, fibras e o pico glicêmico não é igual. É necessário a divulgação do produto como mais saudável, se valer do diferencial , em caso contrário, as indústrias prosseguirão em competição com os produtores, uma verdadeira barbaridade . Os desempregos se avolumam, e municípios perdem rendas, como o que vem ocorrendo em Itápolis e outros locais. A contenda entre indústrias e produtores resultou num retrocesso ao setor, principalmente nos EUA, que era um grande comprador.”

Finaliza: “no momento, o importante é unir esforços contra a atual realidade, focar ações dentro do objetivo, e não ficar duelando. Isso tem feito que percamos mercados no exterior.”

    Assine nossa newsletter

    Compartilhe

    Deixe seu comentário