Aumento do consumo: demanda dos produtores de café
Na quinta-feira (09/05), a Comissão Especial de Cafeicultura da FAESP se reuniu para apresentar os resultados da 124ª reunião da Organização Internacional do Café (OIC), que ocorreu em Nairóbi (Quênia), de 23 a 31 de março.
Os participantes também analisaram propostas para o Plano Agrícola e Pecuário e questões que impactam o setor cafeeiro.
Guilherme Salomão Vicentini, coordenador da Comissão Especial de Cafeicultura, explanou sobre a experiência da delegação brasileira no Quênia. “Eles têm cafés de excelente qualidade, devido à sua metodologia de trabalho e à localização do país, que fica numa área de altitude, na linha do Equador”.
Em sua passagem pela África notou que legislação trabalhista mais branda no país torna a mão de obra local menos custosa, o que barateia a produção e incentiva o investimento nessa cultura.
José Milton Dallari Soares, da Decisão Consultores Dallari, disse que os custos da produção brasileira acabam se tornando altos e pouco lucrativos ao produtor. “Precisamos unir os estados brasileiros por condições melhores”, completou.
A questão de oferta e demanda também foi levantada na reunião, uma vez que a alta produção de café tem desvalorizado seu preço no mercado (somente neste ano, no Brasil, serão produzidas 40 milhões de sacas). “Em Nairóbi, sugerimos que países produtores parem de produzir até que se aumente o consumo. Precisamos ampliar o trabalho de marketing nos países produtores, disse Vicentini, revelando que foram feitas sugestões à OIC ora trabalhar em conjunto”.
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