FAESP: safra paulista de grãos é revisada para cima novamente; previsão de alta em 10º levantamento da CONAB é de 19,53%
Presidente da Federação, Fábio de Salles Meirelles, destaca que a agricultura paulista continua a crescer; área plantada cresce 4,85%
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo – FAESP apresentou o novo relatório de acompanhamento das safras brasileira e paulista de grãos, tendo como base o 10º levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB. O relatório do mês de julho revisa para cima as estimativas da produção paulista de grãos.
A nova previsão de aumento da safra é de 19,53%, com produção avaliada em 10,33 milhões de toneladas. Em comparação com o levantamento anterior, quando se previam 10,26 milhões de toneladas, houve alta de 72,2 mil toneladas ou 0,7%. “O levantamento mostra que a agricultura paulista, a despeito de desafios macroeconômicos, como os juros altos, continua a crescer e desempenhar um papel relevante”, afirma o presidente da FAESP, Fábio de Salles Meirelles.
A área plantada com grãos soma 2,52 milhões de hectares, alta de 4,85% frente ao ciclo 2020/21, e a produtividade média esperada é de 4.109 kg/ha, um ganho de 14,01%. Com esses resultados, o relatório da FAESP destaca que São Paulo se mantém como 8º maior estado produtor de grãos.
Os levantamentos de campo são realizados entre a penúltima e última semana do mês anterior ao de publicação do relatório. As estimativas mais positivas deste levantamento se fundamentam na revisão das segundas safras de milho e amendoim e também na de algodão.
O cultivo de amendoim segunda safra no estado contou com condições climáticas mais favoráveis neste ciclo, razão pela qual se elevam para 2.400 kg/ha as projeções para o rendimento dessas lavouras (+14,3% em comparação com o 9º levantamento). A produção é agora avaliada em 8,20 mil toneladas, incremento de 1,6 mil toneladas ou 24,2% frente à safra anterior.
O maior impacto é na segunda safra de milho, que cresceu 79,5 mil toneladas do último levantamento para este. Com a revisão, a estimativa é de uma produção de 2,48 milhões de toneladas de milho safrinha em 2020/21, contra 2,40 milhões de toneladas previstas no relatório anterior (+3,31%) e contra 1,43 milhão de toneladas colhidas na última safra (+73,60%). Para esta lavoura, o aumento na área plantada é de 4,02%, somando 572 mil hectares, e na produtividade é de 66,9%, atingindo 4.339 kg/ha neste ciclo. Com isso, a produção total de milho deve atingir 4,39 milhões de toneladas.
Para o caroço de algodão, avalia-se uma produção de 24,9 mil toneladas, indicativa de um crescimento de 118,42% entre safras. Houve um ganho de 20,6% em produtividade, agora prevista para 2.928 kg/ha.
As lavouras de trigo e triticale tiveram suas previsões reduzidas em 11,6 mil toneladas e 700 toneladas, respectivamente, do 9º levantamento para o atual. A produção de trigo é projetada em 283,3 mil toneladas, ganho de 11,3% frente aos resultados de 2020/21, enquanto a produção de triticale deve se manter no mesmo nível da última safra, de 9,7 mil toneladas.
Brasil
O 10º levantamento da Conab para a safra 2021/22 também revisou para cima as estimativas da produção brasileira de grãos. Anteriormente estimada em 271,28 milhões de toneladas, a produção passou a ser avaliada em 272,5 milhões de toneladas, aumento de 0,44% ou 1,2 milhão de toneladas em comparação ao levantamento anterior e alta de 6,65% frente aos resultados da última safra. A área plantada soma 73,8 milhões de hectares (+5,76%) e a produtividade, 3.693 kg/ha (+0,84%).
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