Produtoras rurais apresentam suas histórias de sucesso na Feira do Empreendedor 2019
O SENAR/SP, em parceria com o Sindicato Rural de São Paulo participa da Feira do Empreendedor 2019, com estande focado no tema: Mulher Empreendedora no Campo – Protagonismo e Proteção Social. Nele, produtoras rurais da base territorial dos Sindicatos Rurais do Estado de São Paulo, especificamente que tenham participado das ações do SENAR-AR/SP, com interesse em expansão de mercado, apresentam seus produtos.
Três produtoras: Silvia Fonte (CAFÉ), Deise Brusarosco Franco (MEL) e Isis Monteiro Guimarães (ORGÂNICOS) apresentaram, na ARENA 1.000 MULHERES, suas histórias de sucesso, em um espaço exclusivamente dedicado ao fomento do empreendedorismo feminino. Mediador: Tobias Ferraz, apresentador do Canal Rural.
Acompanhe suas histórias:
Produtora de Café: Silvia Fonte
Após se aposentar de seu trabalho como gestora de qualidade de uma indústria em São Paulo, em 2016 Silvia foi para o sítio em que reside atualmente. Após participar de um dia de campo na propriedade de uma produtora que havia acabado de ser premiada como melhor café do Estado de São Paulo, ela descobriu o mundo do café.
“Aprendi que existiam cafés especiais com características que agregavam valor, então passei a fazer os cursos do SENAR/SP para me qualificar e poder administrar o sítio como produtora de café especial”, comenta a produtora.
Com auxílio de um consultor do SENAR/SP, começaram a colher café de qualidade e, com conhecimentos e trocas de experiências entre produtores adquiridos nos cursos, Silvia percebeu que – além de ser especial – faltava agregar mais valor ao café por terem uma pequena produção.
“Quando temos um objetivo, a vida se encarrega de preparar o caminho! Entre cursos feitos, conheci um especialista em café orgânico e como precisava ganhar em qualidade, pois não tínhamos volume, decidi partir para a produção de café orgânico”, diz. “Investimos em tecnologia, abri o sítio para visitação de centros de pesquisas e para turismo rural. Tudo isso me trouxe muito conhecimento técnico e administrativo e me sinto capaz de fazer a administração do sítio e atuar em todas as fases do processo do café: desde a escolha do viveiro de mudas até a torra e venda dos pacotes moídos.”
Produtora de Mel: Deise Brusarosco Franco
Moradora do município paulistano de Mairiporã, Deise mudou-se para o sítio onde reside atualmente com o marido e, assim que a mudança foi concluída, o casal passou a buscar uma atividade para desenvolver no sítio. “Como já havíamos feito um curso de apicultura há muitos anos, eu e meu marido resolvemos nos atualizar. Foi quando conhecemos o SENAR/SP”, comenta a produtora.
Deise diz que, a partir desse momento em que conheceu o SENAR/SP, fez o curso de abelha com ferrão e, como gostou do resultado, muitos outros cursos vieram na sequência: abelha sem ferrão, mel na gastronomia, mel na saboaria, processamento de leite e biomassa.
“Estou terminando o curso de produtor rural, o qual já iniciei com algumas feiras e eventos. No próximo mês farei o curso de cachaçaria”, conta. “Hoje, por meio dos conhecimentos que adquiri com os cursos do SENAR/SP, forneço parte da minha produção de mel silvestre para a Casa do Mel de Bragança Paulista, sendo que já está em Transição Agroecológica, ou seja, logo será certificado como orgânico.”
“Além disso, produzo e vendo alguns produtos como pão de mel em várias apresentações, azeite aromatizado com mel, geleia de mel com pimenta, licor de mel, cachaça de mel com limão e o pano ecológico – que substitui o papel filme e o papel alumínio”.
Produtora de Orgânicos: Isis Monteiro Guimarães
Como engenheira mecânica, Isis trabalhou por um tempo em uma fábrica em Caçapava, assim como o esposo que, na época, era apenas namorado. Após um tempo, ela e o então namorado receberam uma proposta para pegar um viveiro de mudas de eucalipto e nativas.
“Pensamos bastante e resolvemos sair da fábrica e empreender. Ocorreu que a demanda por mudas de eucalipto diminuiu muito e esse era o carro chefe do viveiro.” “Precisávamos de um produto que o substituísse, aí pensamos: mesmo num momento de crise, ninguém vai parar de comer. Foi aí que decidimos plantar tomates e morangos orgânicos.”
Isis conta que isso seria um desafio, uma vez que esses são produtos altamente procurados pelo mercado e que, convencionalmente, utilizam-se muitos agrotóxicos em sua produção, portanto, cultivá-los organicamente não seria nada fácil. No entanto, ela diz que prefere assim, pois vai de acordo com sua filosofia de vida saudável.
“Hoje o nosso viveiro é todo certificado orgânico e nele produzimos os tomates italianos e grapes, morangos, mudas nativas para reflorestamento e arborização urbana e mudas de eucalipto e outras exóticas”. “O próximo passo é montar uma indústria e certifica-la orgânica, assim como uma cozinha para processar os tomates e morangos. Então, seremos uma agroindústria.”
Ela também relatou a importância do SENAR/SP para a sua trajetória e a do marido, pois foi por meio dos primeiros cursos do SENAR/SP que começaram de fato a produção de tomates orgânicos. “O primeiro curso foi de holericultura orgânica, depois fizemos e cedemos espaço aos cursos de minhocultura, tratamento de madeira, tomate orgânico e agora estamos no curso de uva”. “Há pouco tempo fizemos o de processamento de tomate. Então, o SENAR/SP é sempre a nossa base de aprendizagem, é por meio dele que começamos algo e depois desenvolvemos e, além disso, os instrutores são muito bons e a gente mantém contato para futuras dúvidas e futuras oportunidades de negócios.”
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