Faesp faz palestra para militares do Exército
Alunos da Escola de Comando e Estado Maior do Exército conheceram o projeto de escola de formação rural e tiveram aula sobre perspectivas e desafios do setor agropecuário
Um evento que ofereceu uma visão da grandeza do agronegócio e as possibilidades de desenvolvimento do setor. Essa foi a síntese da visita dos alunos da Escola de Comando e Estado Maior do Exército à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), segundo o coronel William Ochsendorf. Para ele, foi importante conhecer o vigor do setor agropecuário e como entidades trabalham para o desenvolvimento constante do campo e do país.
O presidente do sistema Faesp/Senar-SP, Tirso Meirelles, ressaltou a importância dos militares na proteção das fronteiras e no apoio, no dia a dia, aos produtores rurais nas áreas mais remotas. Ele lembrou que na década de 70, durante o regime militar, o Brasil deu o grande salto para o futuro, com a criação da Embrapa, que dominou a cultura nos trópicos, permitindo que o Brasil assumisse a liderança na produção de alimentos e chegasse a ter três safras ao ano; e o estímulo à produção do etanol, que colocou o país na relação dos importantes integrantes da transição energética.
“Devemos muito ao trabalho dos senhores, na proteção do nosso Brasil e nessa visão de Nação. Transformar um país que importava praticamente tudo num dos maiores produtores de alimentos do mundo foi fruto dessa visão estratégica e na certeza de que o desenvolvimento viria pela industrialização, mas também pela produção rural, pelas mãos de pequenos e médios produtores que são a grande maioria”, frisou Meirelles.
O diretor do Departamento Econômico, Cláudio Brisolara, fez uma apresentação sobre os cenários e desafios da produção agropecuária no país e em São Paulo. Com o recente lançamento do Plano Safra pelo governo federal, ele pontuou que o setor continua penalizado, com investimentos que, muitas vezes, não chegam principalmente ao pequeno produtor.
“Uma questão importante a ser mencionada é o seguro rural. O Brasil precisa investir mais nessa área. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 90% da produção tem seguro, enquanto em nosso país não passa de 15%. São gargalos que precisam ser resolvidos, para que possamos ampliar a nossa produtividade com segurança”, afirmou Brisolara.
O assessor da presidência, coronel Carlos Alberto Demeterco, mostrou o projeto do Centro de Excelência em Formação Rural, em São Roque, em parceria com o Pró-Vida, voltado à tecnologia no campo. A proposta é incentivar a criação de startups voltadas às inovações tecnológicas que possam ampliar a produtividade no setor agropecuário, assim como tornar o local em um Big Data, que irá dar suporte a todos os produtores rurais.
“Estamos construindo a primeira escola de alta tecnologia, voltada aos pequenos e médios produtores, que vai contribuir para a melhoria da performance do campo. Além da formação de qualidade, vamos trabalhar a questão dos biodigestores, com a produção de bioinsumos para a plantação. Será uma referência nacional”, concluiu Demeterco.
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