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São Paulo desenvolve variedade de batata-doce com o dobro de produtividade

06 de maio, 2021 - por FAESP/SENAR-SP

O Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, está trabalhando no desenvolvimento de uma nova cultivar de batata-doce. O IAC possui um programa de melhoramento genético da batata-doce biofortificada. Essa raiz tuberosa é fonte de carboidratos, minerais, vitaminas, fibras e proteínas, além de ter a polpa alaranjada, coloração que indica alta concentração de betacaroteno. Ela é também mais produtiva.

Quanto mais intensa é a tonalidade alaranjada da polpa, como no caso da cenoura, maior é quantidade de vitamina A. Os clones analisados superaram 32 toneladas por hectare, com ciclos de 120 a 150 dias. Esse desempenho é mais que o dobro da produtividade média no Brasil, que é 14,06 toneladas por hectare.

O novo cultivo em desenvolvimento da batata-doce busca atender produtores paulistas e de outras regiões em que o solo e o clima tenham condições similares. O cultivo ainda poderá ser feito por pequenos produtores ou hortas em fundo de quintal.

Nos estudos, iniciados em 2016, foram feitos cruzamentos de variedades que geraram 30 mil sementes botânicas. Essas originaram dois mil clones na primeira etapa. Na etapa posterior, foram selecionados os 170 clones melhores. Os dados forneceram subsídios para a seleção de um grupo elite de 16 clones.

A batata-doce de polpa alaranjada, além de ser atrativa para a gastronomia por conta de seus atributos nutricionais, também é muito utilizada pela indústria. Ela pode ser consumida in natura, cozida, assada, frita ou processada, dando origem a produtos como farinhas, açúcar, fécula, doces e chips. Além disso, as ramas podem ser utilizadas para a alimentação animal e as raízes para a indústria de tapioca e derivados, além de produção de álcool e derivados.

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