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Queda na produtividade – Safra de laranja diminui 30,55% no cinturão citrícola de São Paulo.

14 de abril, 2021 - por FAESP/SENAR-SP

Um levantamento divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), apresentou redução na safra de laranja 2020/2021. Segundo a pesquisa, a produtividade no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro foi de 268,63 milhões de caixas de 40,8 kg, o que corresponde a uma queda de 30,55% (menos 118,16 milhões de caixas) em comparação com o período anterior 2019/20.

Ainda de acordo com o levantamento, o resultado confirma a maior quebra de safra entre todos os anos em que a cultura sofreu os efeitos fisiológicos da bienalidade negativa desde o início da série histórica. em 1988. E o volume final da safra 2020/21 também é 6,65% menor do que o projetado inicialmente, em maio de 2020. Cerca de 19,33 milhões de caixas foram produzidas no Triângulo Mineiro.

Segundo o Fundecitrus os motivos para a quebra são o ciclo bienal da cultura e o clima extremamente adverso ao longo da safra. Como a temporada anterior registrou produtividade recorde, as laranjeiras chegaram à época do florescimento com suas reservas energéticas em níveis mais baixos, o que acarretou uma redução significativa do número de frutos por árvore, fenômeno conhecido também como alternância de produção ou bienalidade negativa.

Sobre o levantamento, o coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) do Fundecitrus, Vinícius Trombin, informou que a forte influência das condições climáticas foi determinante na maior parte do parque citrícola em 2020. Algumas regiões ficaram até 145 dias seguidos sem chuva significativa e uma onda de calor extremo fez de setembro e outubro os meses mais quentes, com temperaturas, respectivamente, 4,4 graus e 3,1 graus acima das médias máximas históricas.

“Essa combinação deixou os frutos 6,5% menores do que a média das últimas cinco safras, provocou a maior taxa de queda de frutos já medida e causou a morte de mais de 1,3 milhão de árvores”, comentou Trombin.

A taxa média de queda de frutos atingiu 21,60%. Os principais motivos foram: queda natural e mecânica (6,63%), bicho-furão e mosca-das-frutas (4,76%), greening (3,71%), pinta preta (2,98%), leprose (1,70%), rachadura da casca dos frutos – ocasionada pela perda de plasticidade da casca em virtude da seca extremamente severa ? (1,45%) e cancro cítrico (0,37%). O peso médio dos frutos colhidos ficou em 158 gramas.

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