Home » Energia Solar na área rural – Alternativa para diminuição de custos

Energia Solar na área rural – Alternativa para diminuição de custos

21 de maio, 2020 - por FAESP/SENAR-SP

A busca do equilíbrio financeiro para a viabilização das atividades agropecuárias desenvolvidas pelo Produtor Rural é um desafio permanente.

Energia elétrica é um componente desses custos que aumenta a cada revisão ou reajuste da tarifa e que ocorrem periodicamente junto às Distribuidoras ou Concessionárias. É fato que consomem parte da lucratividade da produção, cujo peso varia em razão do tipo de atividade agrícola, pecuária ou silvicultura onde o uso da eletricidade para moverem, por exemplo, os vários equipamentos da propriedade rural são essenciais.

A Energia Solar surge como uma alternativa viável, principalmente, após as alterações feitas na Resolução Normativa nº482/2012 da ANEEL e atualizada em 25/05/2017.

Existem duas formas de atender à demanda energética do agricultor através dos sistemas fotovoltaicos: on-grid e off-grid, ou seja, sistema conectado à rede e sistema isolado, respectivamente. Os sistemas off-grid, no meio rural, são mais utilizados para suprir bombas para retirada de água de poço e irrigação de culturas.

No Brasil a micro e minigeração distribuída representam 2.638 MW de potência instalada e vem crescendo em ritmo acelerado. Abaixo uma visão desses números:

Para movimentar as bombas d’água para irrigar as plantações de milho, hortaliças, abóbora, melancia, ou tomate, o uso de energia solar pode baratear a conta de energia elétrica em até 95%.

Segundo dados da ABSOLAR hoje, no Brasil, possuímos cerca de 170 mil usuários de geração distribuída solar fotovoltaica, o que não é muito considerando o universo de mais de 84,4 milhões de consumidores cativos atendidos pelas distribuidoras de energia elétrica. Isto representa apenas 0,2% do total.

A instalação de Energia Solar nas propriedades rurais pela queda dos custos para a sua instalação, torna-se um investimento viável para muitos produtores rurais, que também contam com linhas de financiamentos com juros mais baixos a partir de 3% ao ano e carências e amortizações que viabilizam a aquisição e instalação dos equipamentos. É sempre bom lembrar ao produtor rural que, por conta de um decreto publicado em dezembro de 2018, está havendo a perda gradativa do subsídio sobre a tarifa de energia elétrica rural na razão de 20% ao ano, com impacto de aumento nos custos da produção agropecuária. Por exemplo, o aumento médio da ENEL no Brasil na tarifa de energia elétrica em 2018 foi entre 10% e 30%. Em São Paulo o aumento da tarifa de energia elétrica em 2018 foi de 24,42% e na última revisão tarifária da ENEL/SP a classe rural teve um aumento de 15,87%.

Algumas linhas de crédito estão disponíveis para o Produtor Rural como o Pronaf Eco e Pronaf Mais Alimentos. Normalmente, o prazo máximo para financiamento é de 10 anos e prazo máximo de carência é de três anos. As linhas de financiamento são: Inovagro, Pronamp, Investe Agro, Pronaf Eco, Pronaf Agroindústria, Prodeccop e o FCO Rural, para a região Centro-Oeste.

A energia solar permite baratear os custos com a iluminação da propriedade, mas também ser utilizada em outros processos dentro do imóvel rural, como por exemplo, na área de segurança física, em cercas elétricas, no bombeamento de água, irrigação, refrigeração, tanques de aeração na área de aquicultura.

A FAESP, através de seus representantes nos Conselho de Consumidores de Energia Elétrica, vem buscando facilitar o acesso a esse recurso através de informações que podem ser divulgadas através de palestras específicas por solicitação dos Sindicatos Rurais.

    Assine nossa newsletter

    Compartilhe

    Deixe seu comentário