No estande do SENAR/ SP: Produtoras de Cafés Especiais
No estande do SENAR/SP, em parceria com o Sindicato Rural de São Paulo, marcaram presença produtoras de cafés especiais do Circuito das Águas Paulista, participantes da Associação de Produtores de Cafés Especiais. Com sede em Serra Negra, a Acecap -Associação dos Produtores de Cafés Especiais do Circuito das Águas Paulista conta com inúmeros associados e tem por objetivo primário a indicação geográfica dos produtos.
De acordo com a presidente da Acecap, Silvia Fonte, qualquer produtor das nove cidades que fazem parte do Circuito – Amparo, Águas de Lindoia, Holambra, Jaguariuna, Lindoia, Monte Alegre do Sul, Pedreira, Serra Negra e Socorro pode ser associado.
“É necessário que o produtor separe uma parte do seu café para que seja especial. Todos os associados têm de buscar um padrão mínimo de qualidade. Esse selo vai diferenciar no Mercado e para a venda. Estamos percebendo que os compradores estão buscando produtos com selo de origem como se fosse uma certificação de qualidade”, explicou Silvia.
“A gente sente, no termo de buscar eventos, os efeitos que surtem, no individual eu não sei, mas no geral já proporciona benefícios”, diz Cristina Bovi quando questionada sobre como vai o desenvolvimento dessa identidade geográfica para os produtores. “Quem ajuda muito é o Sebrae/SP e o SENAR/SP, que são muito parceiros e procuram auxiliar o negócio em todos os sentidos.”
Embora a Associação seja muito nova, seu desenvolvimento tende a ser benéfico para os produtores e para a economia da região. Espera-se que esse desenvolvimento aconteça de forma rápida, uma vez que os resultados obtidos até agora são positivos.
Atualmente, a região do Circuito das Águas Paulista conta com aproximadamente 1.500 propriedades com café, cultivado em cerca de 8 mil hectares. Cada produtor tem sua estratégia de negócio e, mesmo nas melhores propriedades, é praticamente impossível produzir tudo e sempre no mesmo padrão de qualidade. Muito café ainda será comercializado como commodity, mas existe tecnologia e potencial para a região produzir um café com características de excelência, Historicamente na região, o café é comercializado na forma de café em coco (sem saber a real qualidade de seu café) ou, eventualmente, na forma de café verde por parte dos produtores para empresas ou cooperativas. “Isto sempre na forma de commodities, o que, na maioria das vezes, implica preços desestimulantes.”
“A partir de 2017, o mercado interno de cafés especiais cresceu entre 10 e 15%. com muitas diferenças entre um café tradicional e um café especial, desde sua composição até a torra do grão, o que leva à características diferenciadas acentuadas no aroma e sabor, levando à diferenças significativas no valor do produto, principalmente quando existe a verticalização no processamento do café (café em grão ou torrado e moído)”, explica o diretor.
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