Comissões técnicas da Faesp e CNA discutem sustentabilidade na horticultura
Controle de resíduos, reciclagem e necessidade de regulamentação para produção de bioinsumos foram alguns dos temas do encontro
Na última sexta-feira, 21 de junho, uma reunião entre as Comissões Técnicas de Hortaliças, Flores e Orgânicos e de Fruticultura da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), e a Comissão de Hortaliças e Flores da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) focou em temas cruciais para o setor agrícola: controle de resíduos de defensivos agrícolas, reciclagem de plásticos agrícolas e bioinsumos.
Camila Ribeiro Grzybowski, diretora técnica do Centro de Fiscalização de Insumos e Conservação do Solo (CFICS) da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), apresentou os resultados do Programa Estadual de Análise de Resíduos de Agrotóxicos e Afins de Uso Agrícola em Produtos de Origem Vegetal (PEARA-POV). O programa coleta amostras diretamente nas propriedades produtoras, permitindo identificar problemas na origem, orientar os produtores e propor soluções tecnológicas. Entre os objetivos do programa estão a fiscalização da aplicação de agrotóxicos, a mitigação de riscos à saúde e ao meio ambiente, a educação sanitária e a garantia da segurança alimentar.
Trabalhando na mesma lógica, outro tópico da reunião foi o Programa de Reciclagem Voluntária de Plásticos de Uso Agrícola, iniciativa da EACEA Soluções em Cultivo Protegido com diversas parcerias. Com o lema “Eu plastifico, NÓS RECICLAMOS!”, o programa busca implantar um sistema de reciclagem de plásticos agrícolas, essencial para evitar a contaminação ambiental. A responsabilidade pela correta disposição dos resíduos plásticos é compartilhada por toda a cadeia produtiva.
Letícia Fonseca, assessora técnica da CNA, realizou uma apresentação sobre a regulação e produção de bioinsumos, dado o aumento expressivo deste segmento, que é impulsionado pela necessidade de alternativas sustentáveis aos produtos químicos convencionais nas lavouras. A importância de uma regulamentação objetiva sobre os bioinsumos visa aprimorar a qualidade das produções e o acesso a essas soluções pelo setor produtivo.
“O compartilhamento de informações e conhecimentos entre o corpo técnico da CNA e o da Faesp é muito poderoso, já que temos especialistas a serviço da agricultura do amanhã, da economia circular, observando as mudanças e planejando uma evolução cada vez mais sustentável. Por esse motivo a Faesp, com o Senar-SP criará um Centro de Excelência de bioinsumos, inteligência artificial e big data em São Roque”, diz Tirso Meirelles, presidente da Faesp.
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